INTERNACIONAL

Londres isolará em hotéis quem voltar de países de risco de covid-19

Os nacionais ou residentes do Reino Unido que chegarem de áreas consideradas de alto risco pelo coronavírus, como a América do Sul, serão isolados em hotéis que deverão pagar de seu próprio bolso para evitar a importação de novas cepas, anunciou o governo britânico nesta quarta-feira (27)

AFP
27/01/2021 às 12:55.
Atualizado em 23/03/2022 às 19:08

Os nacionais ou residentes do Reino Unido que chegarem de áreas consideradas de alto risco pelo coronavírus, como a América do Sul, serão isolados em hotéis que deverão pagar de seu próprio bolso para evitar a importação de novas cepas, anunciou o governo britânico nesta quarta-feira (27).

Após a descoberta de uma nova cepa originada na Amazônia brasileira, o governo de Boris Johnson proibiu há duas semanas as chegadas de todos os países da América do Sul, além de Panamá e Portugal.

A medida já havia sido aplicada à África do Sul, onde também foi encontrada uma mutação preocupante do vírus.

A proibição não se aplica, porém, a cidadãos britânicos, nem aos residentes no país, que podem voltar para suas casas após apresentarem um teste negativo para covid-19 e com o compromisso de se isolarem por dez dias após sua chegada.

No país europeu mais castigado pela pandemia, o Executivo não quer, contudo, correr riscos.

"Exigiemos a todos os que chegarem e não poderão ter a entrada negada pra se isolar em acomodações estipuladas pelo governo, como hotéis, durante 10 dias sem exceção", anunciou Johnson ao Parlamento. "Serão recebidos no aeroporto e levados diretamente à quarentena", enfatizou.

Segundo estimativas da imprensa britânica, a fatura chegaria entre 1.00 e 1.500 libras (1.350 - 2.050 dólares) por pessoa.

O primeiro-ministro também destacou que "é ilegal" no contexto do terceiro confinamento aplicado atualmente no país "viajar para o exterior sem uma razão válida", como questões de trabalho.

Para garantir o respeito à norma, explicou ele, os viajantes serão questionados nos portos e aeroportos sobre o motivo de seu deslocamento. Se não for um motivo adequado, voltarão para casa.

Em relação às escolas, fechadas desde as férias de fim de ano, a reabertura "não será possível" em meados de fevereiro conforme previsto inicialmente, alertou.

Desde a descoberta em dezembro da nova cepa do coronavírus muito mais contagiosa e possivelmente mais motal na Inglaterra, o Reino Unido não levanta a cabeça.

O país tem agora todas as suas esperanças voltadas para uma campaha de vacinação em massa: até terça-feira, 6,8 milhões de pessoas receberam a primeira dose e quase 500.00 a segunda.

O objetivo do governo é chegar a 15 milhões - todos os maiores de 70 anos, profissionais da saúde e pessoas com problema de saúde - em meados de fevereiro.

Johnson explicou que, se conseguir cumprir o objetivo, essas pessoas desenvolverão anticorpos três semanas depois. Portanto, em 8 de março seria possível reabrir as escolas e depois levantar gradualmente o confinamento.

Mas alertou: tudo isso dependerá da manutenção do ritmo de vacinação, da redução da pressão nos hospitais e da diminuição do número de mortes diarias.

As 1.631 mortes registradas no dia anterior levam o saldo total para 100.162 óbitos.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por