Os 10 milhões de habitantes de Lima acordaram neste domingo(31) sob uma quarentena obrigatória destinada a conter a pandemia de coronavírus, que infectou 120 mil peruanos neste mês
Os 10 milhões de habitantes de Lima acordaram neste domingo(31) sob uma quarentena obrigatória destinada a conter a pandemia de coronavírus, que infectou 120 mil peruanos neste mês.
O confinamento, que vai durar até 14 de fevereiro, inclui a cidade portuária de Callao, e outras oito regiões do litoral, planalto andino e selva amazônica que sofrem, desde o final de dezembro, o maior impacto da segunda onda.
"As medidas são duras (...), mas no momento são necessárias. Precisamos desses 15 dias [de confinamento]. Se cumprirmos, podemos reduzir o número de infecções", disse a número dois do governo peruano, Violeta Bermúdez, ao canal RPP.
A quarentena obriga metade dos 33 milhões de peruanos a ficar em casa.
As novas infecções triplicaram este mês, de uma média de 1.688 por dia na última semana de dezembro para 5.668 nesta semana, de acordo com dados oficiais.
O número de mortos passou de 51 por dia, em média, na última semana de dezembro, para 180 nesta semana. Os hospitais peruanos começam a saturar, com 11.715 infectados. Em meados de dezembro, eram 3.900.
Dos pacientes internados, 1.859 permanecem em terapia intensiva com ventilação mecânica.
E a falta de oxigênio medicinal leva centenas de moradores de Lima a fazer fila de até 72 horas para comprar o produto.
Em janeiro, quase 120 mil pessoas no Peru contraíram covid-19, o dobro de dezembro, de acordo com o balanço oficial, e a tendência continua aumentando.
O país andino acumula 1.133.022 infecções, desde o surgimento do vírus em março.
Desde este domingo, os cassinos, estádios, igrejas, museus, sítios arqueológicos e a cidadela inca de Machu Picchu foram fechados novamente.
A educação não será afetada porque as escolas e universidades estão em período de férias.
Entre março e junho de 2020, o Peru passou por uma quarentena nacional de mais de 100 dias que mergulhou o país na recessão, onde 70% dos trabalhadores são informais.