INTERNACIONAL

Líderes da UE avaliam restrições a viagens não essenciais para conter pandemia

Os líderes da UE concordaram nesta quinta-feira (21) em avaliar a possibilidade de restringir viagens não essenciais dentro do bloco para conter a pandemia de coronavírus, anunciaram autoridades

AFP
21/01/2021 às 21:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 18:47

Os líderes da UE concordaram nesta quinta-feira (21) em avaliar a possibilidade de restringir viagens não essenciais dentro do bloco para conter a pandemia de coronavírus, anunciaram autoridades.

"Diante da situação de saúde muito grave, todas as viagens não essenciais devem ser desencorajadas com firmeza, tanto dentro de cada país como através das fronteiras", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, em entrevista coletiva ao final de uma reunião dos líderes.

Na mesma linha, o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou que "possivelmente será necessário tomar medidas restritivas adicionais para limitar viagens não essenciais".

No entanto, Von der Leyen disse que a decisão de fechar as fronteiras internas da UE deve ser avaliada considerando seu possível grande impacto.

"É importante manter o mercado único funcionando. Portanto, quando se trata de trabalhadores e bens essenciais, eles devem, naturalmente, cruzar as fronteiras. Isso é de extrema importância", disse ela.

A cúpula desta quinta-feira, organizada por videoconferência por motivos de segurança sanitária, é a nona já realizada na UE para enfrentar a pandemia.

As mutações do vírus que surgiram no Reino Unido, África do Sul e Brasil alarmaram as autoridades da UE devido ao aumento da sua capacidade de infecção.

Essas variantes, porém, representam atualmente uma pequena proporção dos casos na UE, e os líderes veem isso como uma corrida para aplicar o maior número possível de vacinas antes que o vírus sofra uma nova mutação.

Antes da reunião, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, já havia lançado a ideia de proibir temporariamente "viagens não essenciais", embora "isso não signifique o fechamento das fronteiras".

Já a Alemanha propõe uma coordenação nos "testes obrigatórios" para viagens transfronteiriças, enquanto a França é a favor de "controles sanitários" nas fronteiras internas da UE.

Von der Leyen, afirmou esta semana que em breve o bloco ampliará seu arsenal de vacinas para além das duas já autorizadas - Pfizer/BioNTech e Moderna - para vacinar 70% da população até o final do verão boreal (entre o final de junho e o final de setembro).

"Isso é viável. É ambicioso, mas temos que ser ambiciosos, as pessoas estão esperando por isso", declarou na quarta-feira.

O ritmo das campanhas de vacinação no bloco tem sido muito lento em comparação com Estados Unidos, Israel e outros países, um problema agravado pela demora na entrega das doses da Pfizer/BioNTech.

Também existe uma minoria, especialmente em países como a França, que hesita em se vacinar.

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