Os talibãs estão comprometidos com o histórico acordo assinado com os Estados Unidos, apesar de serem acusados de milhares de ataques no Afeganistão desde a sua entrada em vigor, disse o líder do movimento, Haibatullah Ajundzada
Os talibãs estão comprometidos com o histórico acordo assinado com os Estados Unidos, apesar de serem acusados de milhares de ataques no Afeganistão desde a sua entrada em vigor, disse o líder do movimento, Haibatullah Ajundzada.
"O Emirado Islâmico está comprometido com o acordo assinado com os Estados Unidos e insta a outra parte a cumprir seus próprios compromissos e a não desperdiçar esta oportunidade crucial", declarou Haibatullah Ajundzada, que geralmente não se expressa publicamente.
O acordo entre os Estados Unidos e o Talibã, assinado em 29 de fevereiro em Doha, mas não ratificado pelo governo afegão, "poderia ser um instrumento eficaz para acabar com a guerra" com Washington, acrescentou Ajundzada.
A divulgação desta mensagem ocorre em plena onda de violência no Afeganistão, apesar do acordo que prevê a saída de todas as tropas estrangeiras do país em meados de 2021.
Embora os talibãs tenham cessado seus ataques contra tropas da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, eles multiplicam os ataques contra as forças de segurança afegãs.
Autoridades do governo dizem que 3.800 ataques do Talibã ocorreram desde março, causando mais de 1.300 mortes e feridos.
A missão de assistência da ONU no Afeganistão (Manua), em relatório divulgado na terça-feira, aponta que 208 civis foram mortos em abril pelo Talibã, um aumento de 25% em relação a abril de 2019.
As perdas civis infligidas pelas forças de segurança à população aumentaram 38% em um ano, com 172 mortes em abril, segundo a Manua.
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