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Líder de extrema direita holandesa é condenado por insultar marroquinos

O líder holandês da extrema direita Geert Wilders foi condenado em seu país nesta sexta-feira (4) após recurso por ter insultado coletivamente o povo marroquino, uma sentença que ele chamou de "processo político" em uma "república das bananas"

AFP
04/09/2020 às 14:26.
Atualizado em 25/03/2022 às 08:46

O líder holandês da extrema direita Geert Wilders foi condenado em seu país nesta sexta-feira (4) após recurso por ter insultado coletivamente o povo marroquino, uma sentença que ele chamou de "processo político" em uma "república das bananas".

O tribunal não pronunciou nenhuma penalidade contra Wilders.

Os eventos remontam a 2014, durante um comício em Haia. O líder da extrema direita perguntou aos seus apoiadores se eles queriam "mais ou menos marroquinos" no país. A resposta foi: "menos, menos!".

"O tribunal considera que está provado que Wilders é culpado pelo insulto massivo em 19 de março de 2014. O tribunal não pronunciará qualquer penalidade contra ele por isso", declarou o juiz J.M. Rienking.

Segundo o tribunal, a ausência de punição se deve ao fato de que Wilders já ter sido colocado sob proteção policial por causa das múltiplas declarações contra os muçulmanos e o islã, pelas quais recebeu ameaças de morte.

Em sua defesa, Wilders reafirmou sua liberdade de expressão, mas o tribunal respondeu que "o direito à liberdade de expressão, especialmente de um líder político, não impede uma condenação neste caso".

O seu grupo político, o Partido da Liberdade (PVV), é o segundo no Parlamento, depois da formação liberal VVD do primeiro-ministro Mark Rutte. As próximas eleições legislativas estão agendadas para 2021.

Após o veredicto, Wilders declarou-se disposto a levar o caso ao Supremo Tribunal Federal.

"A Holanda se tornou um país corrupto", afirmou ele à imprensa diante do tribunal, novamente criticando os "marroquinos que devastam nossas cidades e subúrbios".

Antes dessa sentença após o julgamento do recurso, Wilders escreveu no Twitter que o veredicto decidiria se a Holanda "se tornou uma república das bananas na qual o líder da oposição é condenado em um julgamento político".

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