Um grupo de 18 pescadores sicilianos, detidos desde setembro na Líbia, foram liberados, informou o governo italiano nesta quinta-feira (17).
"Nossos pescadores estão livres", anunciou no Facebook o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, enquanto a conta no Twitter do primeiro-ministro Giuseppe Conte afirmou que os 18 pescadores "estão viajando para casa".
Conte e Di Maio estão em Bengasi, leste da Líbia, bastião do marechal Khalifa Haftar, com quem acordaram a liberação dos pescadores, segundo fontes do governo.
"Bem-vindos à casa", diz uma foto dos pescadores com o primeiro-ministro italiano publicada em sua conta do Twitter.
"O governo italiano apoia energicamente o processo de estabilização na Líbia. O presidente (do Conselho de Governo) Giuseppe Conte e eu reiteramos hoje a Haftar durante nossa reunião em Bengasi", acrescentou o chefe da diplomacia italiana.
Os pescadores de Mazara del Vallo (na costa ocidental de Sicília) - oito italianos, seis tunisianos, dois indonésios e dois senegaleses - foram capturados em 1o de setembro por patrulheiros líbios.
Os pescadores foram acusados de pescar em áreas protegidas pela Líbia e de entrar na zona militar de Haftar, homem forte do leste da Líbia.
É também uma área privilegiada para a pesca do camarão vermelho, muito apreciado e cujo preço pode chegar a 60 euros (72 dólares) o quilo.
As famílias dos pescadores de Mazara del Vallo pescam esses camarões desde o início do século passado.
As tensões pelos direitos de pesca entre Itália e Líbia se intensificaram tanto nos últimos anos que a imprensa costuma chamar de "a guerra da pesca".
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