A polícia israelense libertou na noite desta segunda-feira (6), sob fiança, o governador palestino de Jerusalém, detido no dia anterior por atividades políticas "ilegais", segundo ele, ligadas à luta contra a pandemia do novo coronavírus
A polícia israelense libertou na noite desta segunda-feira (6), sob fiança, o governador palestino de Jerusalém, detido no dia anterior por atividades políticas "ilegais", segundo ele, ligadas à luta contra a pandemia do novo coronavírus.
Adnane Gheith foi detido no domingo à noite em sua casa em Silwan, bairro em Jerusalém Oriental, por suspeita, segundo a polícia, de realizar "atividades palestinas em Jerusalém, que são ilegais".
"Se eu tiver que pagar para proteger nosso povo e sua segurança e limitar a propagação do coronavírus, esse será o menor dos males", disse o governador em vídeo postado nas redes sociais logo após ser liberado. "O mais importante é que nosso povo esteja bem", acrescentou.
O vice-governador de Jerusalém, Abdullah Siyam, explicou à AFP que o político foi solto sob fiança de 15.000 shekels (cerca de 4.000 euros).
Foi a sétima prisão de Gheith em um ano e meio sendo a última, em meio à crise do novo coronavírus, que infectou mais de 8.900 pessoas em Israel e mais de 250 nos territórios palestinos.
A prisão de Gheith faz parte da disputa pelo status de Jerusalém.
O governador palestino de Jerusalém não exerce nenhuma autoridade na cidade, mas é um alto funcionário da administração palestina e seu governo inclui uma parte da Cisjordânia, território fronteiriço a Jerusalém.
Israel ocupou Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e posteriormente a anexou, embora a comunidade internacional não tenha reconhecido essa anexação.
Cerca de 320.000 palestinos vivem em Jerusalém Oriental, onde esperam estabelecer a capital do desejado futuro estado palestino.
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