INTERNACIONAL

Libaneses saem às ruas para 1o aniversário de sua 'revolução'

Os libaneses recordam, neste sábado (17), o primeiro aniversário de seu movimento de protesto popular, que abalou a liderança política, mas que ainda não conseguiu provocar reformas concretas

AFP
17/10/2020 às 09:16.
Atualizado em 24/03/2022 às 13:33

Os libaneses recordam, neste sábado (17), o primeiro aniversário de seu movimento de protesto popular, que abalou a liderança política, mas que ainda não conseguiu provocar reformas concretas.

Três chefes de governo renunciaram desde o início dos protestos. Ainda assim, apesar da pressão dentro e fora do Líbano, as principais figuras políticas continuem no poder.

As manifestações estão programadas para este sábado, a partir das 15h locais (9h em Brasília), em direção ao porto de Beirute. Neste local, uma poderosa explosão ocorrida em 4 de agosto deixou mais de 200 mortos e cerca de 6.500 feridos.

Os manifestantes farão uma vigília à luz de velas às 18h07 (12h07 em Brasília), hora exata da explosão. A responsabilidade pela tragédia é atribuída, principalmente, à negligência das autoridades.

Próximo a este local, foi instalada uma estátua para relembrar o aniversário da "revolução" de 17 de outubro.

"Continuamos a desconsiderar" nossos líderes políticos como legítimos, disse Melissa, de 42 anos, que está fortemente envolvida no movimento.

"Continuamos na rua (...), juntos contra o governo corrupto", frisou.

Os protestos começaram no outono de 2019, em reação a um projeto do governo para taxar as ligações feitas pelo aplicativo WhatsApp. Na sequência, tornaram-se um movimento nacional de alcance sem precedentes para exigir a renovação completa de uma classe política no poder há décadas e considerada incompetente e corrupta.

O país também enfrenta sua pior crise econômica desde a guerra civil (1975-1990). Cada vez mais libaneses caem na pobreza e no desemprego, o que leva muitos deles a tentarem a sorte no exterior.

O Líbano também não foi poupado da pandemia da covid-19. As autoridades proibiram manifestações e reuniões públicas como forma de controlar os contágios. Mesmo com uma capacidade de mobilização reduzida nas ruas, muitos dizem, no entanto, que a revolta não para de crescer.

bur-lar/ho/vg/elm/mar/bl/tt

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