INTERNACIONAL

Kim Jong Un admite erros na abertura do congresso do partido na Coreia do Norte

O dirigente da Coreia do Norte, Kim Jong Un, admitiu "erros" na estratégia de desenvolvimento econômico do país que, afirmou na abertura do congresso do partido único, fracassou em "quase todos os âmbitos", informou nesta quarta-feira a imprensa estatal

AFP
06/01/2021 às 06:42.
Atualizado em 24/03/2022 às 01:23

O dirigente da Coreia do Norte, Kim Jong Un, admitiu "erros" na estratégia de desenvolvimento econômico do país que, afirmou na abertura do congresso do partido único, fracassou em "quase todos os âmbitos", informou nesta quarta-feira a imprensa estatal.

Este congresso é o primeiro em cinco anos e apenas o oitavo na história da Coreia do Norte. Começa duas semanas antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, no momento em que as relações com os Estados Unidos estão paralisadas.

O oitavo congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia (WPK) começou na terça-feira em Pyongyang na presença de 7.000 delegados e participantes. Nenhum deles usava máscara, de acordo com as fotos divulgadas pelo jornal oficial do partido, Rodong Sinmum.

Em seu discurso, o líder supremo do país mencionou o fracasso do plano quinquenal de desenvolvimento econômico adotado no último congresso de 2016. Os resultados ficaram "muito abaixo de nossos objetivos em quase todos os âmbitos", afirmou, de acordo com a agência oficial KCNA.

O país sofre com a má gestão da economia e o plano anterior foi abandonado discretamente ano passado.

"Temos a intenção de analisar profundamente (...) nossas experiências, lições e os erros cometidos", completou Kim, vestido com um terno preto em cuja lapela exibia retratos de seu pai e de seu avô, que o precederam à frente da Coreia do Norte.

A KCNA não detalhou os "erros" mencionados pelo líder norte-coreano.

A Coreia do Norte também foi duramente atingida por sanções internacionais impostas para forçar Pyongyang a desistir de seus programas nucleares e balísticos, que fizeram grandes avanços no governo de Kim.

E o país está mais isolado do que nunca desde que fechou as fronteiras há um ano para proteger-se da pandemia de coronavírus, que surgiu na China, seu poderoso vizinho e principal aliado.

Pyongyang afirma que não registrou nenhum caso de covid-19, mas os especialistas duvidam da informação.

O comércio com a China representa agora uma ínfima parte do que era. Muitas embaixadas fecharam as portas ou reduziram drasticamente o número de funcionários.

De acordo com os analistas, o congresso, voltado para temas internos, reafirmará a importância da "autossuficiência" e anunciará um novo plano econômico.

No domingo, o Rodong Sinmun pediu lealdade inabalável ao líder supremo e afirmou que é necessário um "espírito de unidade" para ter um ano "vitorioso.

O congresso é a reunião mais importante do partido governante. Analistas examinam cuidadosamente o evento em busca de qualquer mudança nas orientações políticas ou na designação de altos funcionários.

A irmã e conselheira do líder supremo, Kim Yo Jong, integra o comitê executivo do congresso, sinal de sua influência crescente.

O sétimo congresso, celebrado em 2016, o primeiro em quase 40 anos, contribuiu para forjar o status de Kim Jong Un como líder supremo e herdeiro da dinastia dos Kim, no poder há sete décadas.

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