INTERNACIONAL

Kiev e Moscou negociam troca de prisioneiros e retirada de tropas antes do fim do ano

A Ucrânia informou nesta quinta-feira (10) que está discutindo uma mudança de prisioneiros e a retirada de tropas com o Kremlin e os separatistas pró-russos no leste do país, enquanto acusa Moscou de travar o processo de paz

AFP
10/12/2020 às 18:08.
Atualizado em 24/03/2022 às 04:08

A Ucrânia informou nesta quinta-feira (10) que está discutindo uma mudança de prisioneiros e a retirada de tropas com o Kremlin e os separatistas pró-russos no leste do país, enquanto acusa Moscou de travar o processo de paz.

A Ucrânia demonstra "que tem interesse na paz e que a Rússia trava a aplicação dos acordos" alcançados em uma cúpula celebrada em Paris há um ano, declarou o presidente Volodymyr Zelensky, citado em um comunicado oficial.

As autoridades ucranianas estão dispostas a seguir com novas retiradas de tropas de pequeno porte do fronte, a operações de desminagem, assim como uma nova troca de prisioneiros com os separatistas, afirmou Zelensky, sem dar mais detalhes.

"As negociações continuam" com respeito entre Moscou, Kiev e a OSCE, afirmou a porta-voz do presidente, Julia Mendel, à AFP.

"Temos transmitido as listas das pessoas para a troca (de prisioneiros) e faremos todo o possível" para que possamos realizar isso antes do final do ano, completou.

Em dezembro de 2019, Zelensky e o presidente russo, Vladimir Putin, com a mediação do presidente francês, Emmanuel Macron, e da chanceler alemã, Angela Merkel, tinham celebrado uma cúpula em Paris que conseguiu alguns pequenos avanços no processo de paz.

Os quatro líderes políticos tinham previsto se reunirem de novo, mas a pandemia de coronavírus e a falta de progresso na aplicação das decisões anunciadas deixaram sem confirmação a realização de uma nova reunião.

A guerra com os separatistas pró-russos na Ucrânia tem causado mais de 13 mil mortes e quase 1,5 milhão de desabrigados desde seu início em 2014.

Os acordos de paz firmados em Minsk, em 2015, permitiram uma redução considerável da violência, mas a solução política do conflito não tem avançado desde então.

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