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Justiça italiana investiga mortes por coronavírus em casas de idosos

A Justiça italiana investiga as inúmeras mortes por coronavírus em várias casas de idosos, especialmente na região da Lombardia, a mais atingida pela pandemia - informou a mídia nesta quinta-feira (16)

AFP
16/04/2020 às 12:30.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:50

A Justiça italiana investiga as inúmeras mortes por coronavírus em várias casas de idosos, especialmente na região da Lombardia, a mais atingida pela pandemia - informou a mídia nesta quinta-feira (16).

A investigação foi aberta depois que o jornal "La Repubblica" denunciou uma série de negligências e irregularidades na casa de idosos Pio Albergo Trivulzio, em Milão, um dos centros para pessoas idosas mais importantes da Europa, com capacidade para mil residentes.

Segundo o jornal, cerca de 70 idosos morreram em março contaminados com coronavírus, depois que as autoridades regionais autorizaram internar e isolar infectados com a COVID-19 neste mesmo estabelecimento.

A Promotoria de Milão, capital da Lombardia, investiga a morte de cerca de 180 pessoas. Os responsáveis pelo centro enfrentam a acusação de "homicídio culposo e epidemia culposa".

Os arquivos da casa milanesa foram apreendidos assim como a documentação médica.

Ainda conforme o "La Repubblica", a instituição omitiu informações.

Outros estabelecimentos da Lombardia, nas províncias de Cremona e Brescia, assim como em outras regiões, como Piamonte (noroeste), Marcas (centro) e Apulia (sul), também estão sendo investigados.

O vice-diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), o italiano Ranieri Guerra, descreveu na quarta-feira como um "massacre" as mortes causadas pela pandemia nas chamadas Residências de Assistência Médica (RSA), ou seja, os asilos da Itália.

"O massacre que testemunhamos deve servir para repensar o sistema de saúde" pública, bem como o tratamento dado à população que envelhece, pediu Guerra.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Superior de Saúde (ISS) publicada em 6 de abril, foram registradas 3.859 mortes nas RSA italianas desde 1o de fevereiro.

Dessas mortes, 37,4% apresentavam sintomas de COVID-19, ou manifestações semelhantes a uma gripe.

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