Anderson Andrade

Justiça decreta prisão preventiva até o julgamento

Acusado por crime contra a ex-esposa será transferido para um Centro de Detenção Provisória

Ana Cristina Andrade
20/04/2022 às 07:41.
Atualizado em 20/04/2022 às 07:43
Anderson Andrade cumpria temporária desde o dia 30 de março (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

Anderson Andrade cumpria temporária desde o dia 30 de março (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)

A Justiça de Piracicaba decretou, ontem à tarde, a prisão preventiva do corretor de imóveis Anderson dos Santos Andrade, 39, acusado de assassinar a facadas a ex-mulher Carolina Dini Jorge, 41, dia 24 do mês passado, quando ela chegava à escola, no bairro São Dimas, para buscar a filha de 10 anos.

Anderson, que desde o dia em que foi preso no Estado do Rio de Janeiro (30/3) está numa cela da Delegacia Participativa de Piracicaba, cumprindo prisão temporária, será transferido para um Centro de Detenção Provisória onde deverá ficar até a data do julgamento, ainda não marcada.

O inquérito foi relatado pela delegada Olívia Fonseca, da Delegacia de Defesa da Mulher, que conseguiu a prisão temporária de Anderson no dia do crime, porém ele havia fugido.

Quem assinou a preventiva foi o juiz Luiz Antonio Cunha. Ele confirmou que foi oferecida a denúncia contra o autor, cujo documento judicial foi elaborado pelo promotor de Justiça Aloísio Antonio Maciel Neto.
Na denúncia, Aloísio Maciel citou que o crime foi cometido por motivo torpe, em razão de Anderson não ter aceitado o fim do relacionamento com Carolina; que foi um crime cruel (devido à brutalidade com a qual ele desferiu os golpes de faca); foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e em descumprimento das medidas protetivas de urgência.

"Esse crime foi praticado com extrema covardia e brutalidade. O acusado colheu a vítima de surpresa na frente da escola, quando ela ia buscar sua filha, e não deu nenhuma chance de ela se defender golpeando-a por diversas vezes com faca", observou o promotor.

"Isso demonstra sua covardia e, por isso, causou tamanha repercussão, seja perante os familiares da Carolina ou até na sociedade piracicabana. O Ministério Público, ao oferecer essa denúncia, veiculando as quatro qualificadoras no inquérito, busca a responsabilização na medida da crueldade desse crime, para não haver impunidade e para que se possa, ao menos, dar o mínimo de conforto para a família da Carolina", acrescentou.

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