Um juiz federal de Nova York rejeitou nesta terça-feira (14) um projeto de acordo que pretendia encerrar os processos civis contra Harvey Weinstein e sua ex-produtora cinematográfica, mediante a criação de um fundo de indenização para as mulheres assediadas pelo ex-magnata de Hollywood
Um juiz federal de Nova York rejeitou nesta terça-feira (14) um projeto de acordo que pretendia encerrar os processos civis contra Harvey Weinstein e sua ex-produtora cinematográfica, mediante a criação de um fundo de indenização para as mulheres assediadas pelo ex-magnata de Hollywood.
Na decisão divulgada após uma audiência nesta terça-feira, o juiz Alvin Hellerstein rejeitou o projeto de acordo, que várias vítimas de Harvey Weinstein contestavam.
O projeto de acordo, que propunha a criação de um fundo de 19 milhões de dólares, havia sido anunciado em 1º de julho pela procuradoria do Estado de Nova York, que o havia validado.
O objetivo era encerrar a ação coletiva e a denúncia apresentada em fevereiro de 2018 pelo escritório da procuradoria-geral de Nova York contra Weinstein, acusado de exigir favores sexuais de diversas funcionárias com a cumplicidade de sua empresa, a The Weinstein Company, que comandava ao lado do irmão, Bob Weinstein.
Os advogados Douglas Wigdor e Kevin Mintzer, que representam várias vítimas, afirmaram estar "satisfeitos pelo fato do juiz Helerstein ter rejeitado rapidamente esta proposta unilateral".
Embora algumas vítimas do ex-produtor torcessem pelo projeto de acordo, os advogados argumentaram que Weinstein não admitia no documento qualquer responsabilidade por seus atos e que não contribuiria financeiramente ao fundo, alimentado pelas seguradoras do produtor e de sua empresa.
Atualmente, diversos acordos entre advogados estão sendo negociados em meio ao caso Weinstein, revelado em outubro de 2017 e que deu origem ao #MeToo, um movimento para denunciar abusos sexuais, muitas vezes impunes, cometidos por homens poderosos.
Weinstein, de 68 anos, acusado de agressão sexual e assédio moral por uma centena de mulheres, foi declarado culpado por ato sexual criminoso e estupro em fevereiro por um jurado de Nova York.
O ex-produtor cumpre condenação de 23 anos de prisão.
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