O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ordenou nesta sexta-feira (20) o fechamento de bares, restaurantes e outros estabelecimentos de lazer para aumentar o distanciamento social contra o novo coronavírus, e seu governo prometeu se responsabilizar por 80% dos salários para evitar demissões
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ordenou nesta sexta-feira (20) o fechamento de bares, restaurantes e outros estabelecimentos de lazer para aumentar o distanciamento social contra o novo coronavírus, e seu governo prometeu se responsabilizar por 80% dos salários para evitar demissões.
"Informamos aos cafés, pubs, bares e restaurantes que fechem essa noite, o quanto antes, e que não abram amanhã", anunciou o líder conservador durante coletiva de imprensa diária sobre a crise, informando que "podem seguir oferecendo serviços de comida para levar".
"Também informamos aos clubes noturnos, teatros, cinemas, ginásios e centros de lazer para fechar", acrescentou.
Mudando o rumo de uma estratégia muito criticada por não implementar medidas tão drásticas contra a pandemia como outros países europeus, Johnson tinha pedido na última segunda aos britânicos que evitassem todos os contatos sociais desnecessários.
Isso significa trabalhar de casa e não frequentar teatros ou restaurantes, ainda que não tenham sintomas da Covid-19.
Certos estabelecimentos fecharam e outros viram sua clientela reduzir, mas em algumas partes de Londres, epicentro da epidemia no país, os pubs e cafés continuavam sendo frequentados.
As medidas de Johnson nesta semana geraram preocupação do setor hoteleiro, que ressaltou que um fechamento significaria a perda de milhares de postos de trabalho.
Para evitar que muitos sejam demitidos, o ministro das Finanças, Rishi Sunak, anunciou nesta sexta, ao comparecer à coletiva junto ao primeiro-ministro, que o Executivo cobrirá a maior parte dos gastos.
"Os subsídios do governo cobrirão 80% dos salários dos trabalhadores mantidos, até um total de £ 2.500 por mês", afirmou.
Isso "está acima da renda média", ressaltou o ministro, e acrescentou que as empresas podem complementar esse valor, caso queiram.
No Reino Unido, que nos últimos dias registra um aumento exponencial de casos, tinha nesta 177 mortos por Covid-19 nesta sexta.
O país não realiza testes sistemáticos, mas o principal conselheiro científico de Johnson considerou nesta semana que devam ter cerca de 55.000 infectados.
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