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Itália se prepara para novo confinamento; esperança de volta à normalidade cresce nos EUA

A Itália se preparava, nesta sexta-feira (12), para um novo confinamento com o objetivo de frear o avanço da covid-19, enquanto nos Estados Unidos a luz começa a ser observada no fim do túnel, com a esperança do presidente Joe Biden de voltar à normalidade em julho

AFP
12/03/2021 às 09:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:15

A Itália se preparava, nesta sexta-feira (12), para um novo confinamento com o objetivo de frear o avanço da covid-19, enquanto nos Estados Unidos a luz começa a ser observada no fim do túnel, com a esperança do presidente Joe Biden de voltar à normalidade em julho.

O governo italiano está a ponto de anunciar o fechamento de escolas, bares e restaurantes na maior parte do país a partir de segunda-feira (15), enquanto os hospitais ameaçam entrar em colapso.

A Itália, que esta semana superou a barreira das 100.000 mortes provocadas pela covid-19, vive um forte aumento de contágios e mortes, em grande parte devido à variante britânica, afirmam os médicos.

O país iniciou a campanha de vacinação no fim de dezembro, mas a distribuição continua lenta. Apenas 1,8 milhão de pessoas - de uma população de 60 milhões - receberam duas doses da vacina até o momento.

Nos Estados Unidos, ao contrário, os espetaculares avanços na imunização deram ao presidente Joe Biden motivos para ser otimista e pensar que os americanos terão "boas chances" de celebrar o feriado de 4 de julho.

O país, que fez pedidos suficientes para vacinar todos os adultos até o fim de maio, eliminará gradualmente as restrições de idade para que todos os adultos sejam vacinados até 1º de maio.

A União Europeia acaba de aprovar a quarta vacina, a da Johnson & Johnson, que pode acelerar as campanhas de imunização, com a vacinação de 200 milhões de europeus, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Entre os fármacos autorizados, está a vacina do laboratório anglo-sueco AstraZeneca, afetada pelos temores relacionados com a formação de coágulos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira, porém, que não há razão para interromper o uso do produto.

"Sim, deveríamos continuar utilizando a vacina da AstraZeneca, não há razão para não utilizá-la", declarou a porta-voz da OMS, Margaret Harris.

Depois que Dinamarca, Islândia e Noruega suspenderam o uso da vacina, a Bulgária anunciou a medida nesta sexta-feira.

No início da semana, a Áustria parou de administrar as doses de um lote de vacinas da AstraZeneca. A decisão foi tomada depois que uma enfermeira de 49 anos morreu vítima de "graves transtornos de coagulação", alguns dias após ser imunizada.

Estônia, Lituânia, Letônia, Luxemburgo e Itália também deixaram de utilizar o lote.

A Tailândia decidiu adiar o início da vacinação com o fármaco da AstraZeneca. O país asiático, que até agora conseguiu conter a pandemia (26.000 casos e 85 mortes), espera as conclusões de Dinamarca e Áustria para utilizar suas doses do fármaco.

A Agência Nacional de Saúde dinamarquesa destacou uma medida de precaução diante de "casos graves de coágulos em pessoas vacinadas", mas até o momento não foi estabelecida uma relação entre a vacina e os coágulos.

O laboratório anglo-sueco e o governo britânico reagiram na quinta-feira, defendendo a vacina como "segura" e "eficaz", enquanto a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) afirmou que o risco de coágulos não é maior entre os vacinados.

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