A polícia israelense prendeu na quarta-feira (22) dois líderes culturais palestinos em suas casas, sob a suspeita de "financiar o terrorismo", informaram seu advogado e uma fonte policial
A polícia israelense prendeu na quarta-feira (22) dois líderes culturais palestinos em suas casas, sob a suspeita de "financiar o terrorismo", informaram seu advogado e uma fonte policial.
Rania Elias, que dirige o Centro cultural Yabous e seu marido, Suhail Joury, diretor-geral do Conservatório nacional de música Edward Said, foram presos no bairro Beit Hanina de Jerusalém.
O centro Yabous e o conservatório também receberam visitas da polícia e de investigadores da procuradoria israelense, que confiscaram documentos.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) condenou as prisões e os ataques como parte da "campanha sistemática e violenta de Israel contra os palestinos em Jerusalém ocupada".
Segundo o advogado de Elias, Nasir Odeh, o casal foi "preso sob a acusação de financiar organizações terroristas".
Mas explicou que as leis antiterroristas israelenses incluem uma ampla tipificação de crimes, incluindo o de aceitar dinheiro por parte de organizações classificadas como "terroristas" pelo que o Estado Judeu.
O porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, informou em um comunicado que a polícia, junto as autoridades fiscais, prenderam os "três suspeitos (...) em relação com (crimes de) evasão fiscal e fraude", sem identificar as pessoas.
Ele confirmou que as investigações foram direcionadas às "duas organizações no leste de Jerusalém (Jerusalém Oriental), que alegam que estão envolvidas com a cultura palestina".
Rosenfeld disse que os presos estão sendo interrogados e que a investigação segue em andamento. Em sua declaração, ele não mencionou nenhum crime relacionado ao terrorismo.
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