Israel anunciou nesta quinta-feira (8) que decidiu não cooperar com o Tribunal Penal Internacional (TPI) em sua investigação sobre supostos crimes de guerra nos territórios palestinos
Israel anunciou nesta quinta-feira (8) que decidiu não cooperar com o Tribunal Penal Internacional (TPI) em sua investigação sobre supostos crimes de guerra nos territórios palestinos.
Segundo um comunicado divulgado pelo escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o governo decidiu "não cooperar com o [TPI]" e informará o tribunal, com sede em Haia, que "não tinha autoridade para abrir uma investigação" contra Israel.
A procuradora-geral do TPI, Fatou Bensoueda, anunciou em 3 de março a abertura da investigação oficial sobre a situação nos territórios palestinos, o que enfureceu Israel, que não é membro do Tribunal.
O Tribunal perguntou em 9 de março oficialmente ao governo de Israel e à Autoridade Palestina se estavam realizando sua própria investigação sobre esses supostos crimes, com o que poderiam ter ganhado tempo.
Porém, com sua decisão desta quinta-feira, o governo de Netanyahu rejeita totalmente colaborar com o TPI.
Os palestinos, por sua vez, como membros de pleno direito do TPI desde 2015, elogiaram o anúncio da investigação e já falaram que desejam que comece o mais rápido possível.
A procuradora-geral deseja investigar a situação na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e no leste de Jerusalém desde 2014.
O gabinete de Bensouda quer investigar a guerra de Gaza de 2014, assim como a morte dos manifestantes palestinos a partir de 2018.
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