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Isaías chega à costa da Flórida, que ensaia resposta em meio à pandemia

A tempestade tropical Isaías cercava a costa leste da Flórida neste domingo (2), sem ameaças de se tornar um furacão, uma possibilidade que pressionou a capacidade de resposta do estado americano em meio à pandemia

AFP
02/08/2020 às 17:36.
Atualizado em 25/03/2022 às 17:29

A tempestade tropical Isaías cercava a costa leste da Flórida neste domingo (2), sem ameaças de se tornar um furacão, uma possibilidade que pressionou a capacidade de resposta do estado americano em meio à pandemia.

O fenômeno chegou com força reduzida depois de atingir as Bahamas como um furacão de categoria 1, soprando com ventos máximos sustentados de 100 km/hora e movendo-se lentamente para o norte a 13 km/hora.

"Nenhuma mudança em sua força é esperada para os próximos dias", anunciou a instituição em seu último boletim.

Até sábado, havia a possibilidade de que chegasse com força de furacão. Em vez disso, ventos fortes sopram, chove intensamente e são esperadas quedas de energia na costa leste, mas não há expectativa de um grande desastre.

"Parece que estamos bem, embora não declaremos "missão cumprida" até que se vá", disse o diretor do escritório estadual de gerenciamento de emergências, Jared Moskowitz.

O episódio serviu como uma simulação de como lidar com um desastre meteorológico, enquanto o estado tenta conter a pandemia, que se dissemina sem controle: cerca de um em cada 44 habitantes testou positivo para o coronavírus na Flórida.

"Este foi realmente um bom teste dos protocolos e procedimentos que implementamos no estado da Flórida para lidar com a temporada de furacões com a COVID-19", disse Moskowitz.

No caso de um furacão, os residentes costeiros são chamados a se desalojarem. Os que não têm para onde ir vão para abrigos montados em ginásios escolares. Lá, dezenas e às vezes centenas de pessoas dormem em colchonetes no chão até a tempestade passar.

Esse é um cenário de horror no novo mundo imposto pelo coronavírus.

Moskovitz explicou que, por exemplo, hotéis - praticamente vazios devido à pandemia - foram disponibilizados para abrigar os evacuados que têm ou podem ter o vírus.

Embora a maioria dos abrigos permanecesse fechada, também foram testadas medidas sanitárias e de distanciamento social: sua capacidade era limitada a 50 pessoas e salas de aula - áreas anteriormente proibidas - foram preparadas para isolar os positivos do vírus.

"Se um furacão de verdade vier, teremos capacidade para 100.000 pessoas em nossos abrigos, com mais espaço e também lugares específicos para pessoas com COVID-19", disse o prefeito de Miami-Dade, Carlos Giménez.

Neste domingo, a Flórida registrou 7.104 novos casos de coronavírus, totalizando 487.132 e 7.206 mortos. Com 21 milhões de habitantes, é o estado com mais infecções depois da Califórnia, que tem o dobro da população.

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