Bagdá "não está feliz" com a ameaça de Washington de fechar sua embaixada e de retirar os soldados e diplomatas do país, pois a medida seria perigosa, afirmou o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Fuad Husein
Bagdá "não está feliz" com a ameaça de Washington de fechar sua embaixada e de retirar os soldados e diplomatas do país, pois a medida seria perigosa, afirmou o ministro iraquiano das Relações Exteriores, Fuad Husein.
Várias fontes políticas e diplomáticas confirmaram à AFP que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, apresentou na semana passada um ultimato ao Iraque: ou os ataques param - especialmente os lançamentos de foguetes contra sua embaixada em Bagdá - ou Washington fecha a embaixada e repatriar os 3.000 soldados e seus diplomatas.
Uma retirada americana poderia levar a "retiradas de outros países comprometidos na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), o que seria perigoso porque o EI ameaça o Iraque, mas também toda a região", afirmou Husein.
"Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem sua decisão que, por enquanto, não é definitiva", disse o chefe da diplomacia iraquiana.
De outubro de 2019 a julho de 2020, quase 40 ataques com foguetes tiveram como alvo a embaixada americana e bases iraquianas que abrigavam soldados americanos.
"Atacar embaixada é atacar o governo porque ele é o responsável por sua proteção", disse o ministro iraquiano.
Os ataques contra alvos americanos são reivindicados há meses por grupos que alegam ter por objetivo expulsar do Iraque o "ocupante americano", por organizações que são uma espécie de marionete dos partidos e facções armadas pró-Irã, presentes na vida política iraquiana desde a queda de Saddam Hussein em 2003.
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