Os países centro-americanos começaram a perceber uma melhora no clima nesta quarta-feira (18), após sofrerem o violento impacto do ciclone Iota, que se dissipou em El Salvador após deixar pelo menos 14 mortos, cidades inundadas e danos nas estradas
Os países centro-americanos começaram a perceber uma melhora no clima nesta quarta-feira (18), após sofrerem o violento impacto do ciclone Iota, que se dissipou em El Salvador após deixar pelo menos 14 mortos, cidades inundadas e danos nas estradas.
Nesta quarta-feira, autoridades nicaraguenses relataram as mortes de quatro pessoas, incluindo três crianças, em decorrência de um deslizamento de terra no departamento de Matagalpa, ao norte, que elevou para 14 o número de mortos pelo ciclone.
Dez das mortes ocorreram na Nicarágua, duas no arquipélago colombiano de San Andrés, Providência e Santa Catalina, uma no Panamá e uma em El Salvador.
Na segunda-feira, Iota tocou o solo do Caribe Norte da Nicarágua como um furacão de categoria 5 - o mais alto na escala de Saffir-Simpson. O segundo ciclone do mês após o Eta, inundou casas e lavouras, derrubou árvores, bloqueou dezenas de cidades e danificou estradas.
Depois de se transformar em tempestade tropical, seus "remanescentes de umidade associados" estão localizados a 35 km a oeste-noroeste de San Salvador, informou o Ministério do Meio Ambiente do país.
Em San Salvador, embora o perigo das chuvas persista, a comissária presidencial Carolina Recinos destacou que o "trabalho de prevenção", com evacuações oportunas, evitou que o país registrasse mais vítimas.
De áreas de alto risco, 880 pessoas foram evacuadas para 230 abrigos em El Salvador.
Nesta quarta-feira, as chuvas persistiram na região norte da Nicarágua, onde sua principal cidade, Bilwi, começou a avaliar os danos causados por Iota.
O secretário político do governo do Caribe Norte da Nicarágua, Yamil Zapata, afirmou que o ciclone destruiu grande parte da infraestrutura da cidade de mais de 40.000 habitantes.
"Saindo do Eta para o Iota. O que o Eta deixou de pé, esse furacão veio e acabou de destruir", lamentou Zapata.
O funcionário relatou casas destelhadas, interrupção dos serviços de eletricidade e água, além da destruição do cais de Bilwi. "O dano é realmente grande", disse Zapata à mídia oficial.
Nesta quarta-feira, Bilwi ainda estava sem luz, mas desde terça-feira foi possível utilizar os telefones celulares.
Seus habitantes começaram a limpar os escombros e a restaurar os telhados de suas casas.