Prefeitura informa que notificou a empresa que realizou a reforma, a apresentar uma solução definitiva para os problemas, mas isso não ocorreu (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)
O governo municipal é pressionado pelos vereadores a apresentar uma solução que garanta a reabertura, ao público do Complexo Aquático "Dr. Samuel de Castro Neves", no Bairro Alto. O espaço está fechado desde fevereiro, quando avaliação técnica da Secretaria Municipal de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos feita no local, revelou a precariedade do equipamento e o risco à segurança dos próprios usuários.
O vereador Felipe Jorge Dario (Solidariedade), o Felipe Gema, lembra que o local passou por reformas em governos anteriores, foi reaberto em 2024 e novamente está interditado. Deficiências estruturais sérias persistem no complexo, apesar de recursos públicos terem bancado as reformas,
Há ruptura nas bordas das piscinas, afundamento do piso, vazamentos, dilatação estrutural e desprendimento do revestimento.
Em requerimento, Gema solicita ao Executivo informações sobre o laudo de vistoria e interdição do complexo aquático, assim como o processo licitatório que fechou a contratação do prestador do serviço. Para o vereador, a empresa responsável precisar ser acionada para ressarcir os cofres públicos. A Prefeitura gastou R$ 1,5 milhão com a reforma.
O vereador e seus pares querem saber qual a previsão de reabertura do complexo, se existe projeto para melhorias e modernização do local. O que mais o incomoda é a água parada em piscinas, servindo de criadouro do Aedes aegypti, transmissor da dengue.
"Não se pode gastar R$ 1,5 milhão e a piscina estar fechada um ano após a reinauguração", disse.
André Bandeira (PSDB) reforça a indignação. Ele afirma que ouviu de gente especializada, que a situação atual é crítica, e que serão necessárias obras grandes para a retomada da área de lazer.
Laercio Trevisan Jr. (PL) é contundente. "É o terceiro mandato que pego a situação desse jeito. O complexo está abandonado, nenhuma providência foi tomada contra a empresa. Houve vista grossa para chegar a essa situação", afirmou Laercio Trevisan Jr. (PL).
Prefeitura notifica empresa e busca parcerias
A Prefeitura informa, em nota enviada à Gazeta, que no início do ano interditou o complexo para garantir a segurança dos usuários e funcionários. Após o fechamento, o governo municipal notificou a empresa que realizou a reforma. A empresa, então, se comprometeu a apresentar uma solução definitiva para os problemas, mas isso não ocorreu.
Diante do cenário, a Administração segue com um processo jurídico contra a empresa para correção dos problemas.
Para atender a população, a Secretaria de Esportes mantém uma parceria com Seção Técnica de Práticas Esportivas (Scpraes), da Coordenadoria do Campus Luiz de Queiroz, porém, com um número limitado de praticantes - cerca de 80 alunos, exclusivamente para turmas adultas (a partir de 15 anos), em razão da profundidade da piscina disponível no local. A parceria foi renovada até maio de 2026.
A Administração afirma que segue buscando parcerias com clubes e associações para garantir o atendimento da população, até que o problema no complexo seja solucionado.