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Indignação em Gales por produtos excluídos da venda durante confinamento

Autorizados apenas a comprar produtos "essenciais" durante seu novo confinamento, mais de 65.000 galeses assinaram uma petição nesta segunda-feira (26) exigindo que as regras "desproporcionais" que os impedem de comprar livros ou roupas e que foram até mesmo aplicadas indevidamente em absorventes internos sejam retiradas

AFP
26/10/2020 às 12:27.
Atualizado em 24/03/2022 às 09:18

Autorizados apenas a comprar produtos "essenciais" durante seu novo confinamento, mais de 65.000 galeses assinaram uma petição nesta segunda-feira (26) exigindo que as regras "desproporcionais" que os impedem de comprar livros ou roupas e que foram até mesmo aplicadas indevidamente em absorventes internos sejam retiradas.

Primeira nação do Reino Unido a reconfigurar sua população para conter uma segunda onda de coronavírus, o País de Gales ordenou que seus três milhões de habitantes ficassem em casa da última sexta-feira até 9 de novembro.

Todas as lojas consideradas "não essenciais" tiveram de fechar e nas lojas que permaneceram abertas os clientes foram impedidos de comprar produtos não alimentares.

Seções inteiras de roupas ou produtos domésticos em supermercados apareciam fechadas com protetores de plástico ou barreiras de segurança ou simplesmente esvaziadas.

Vídeos de clientes furiosos rasgando o bloqueio dessas seções e até imagens de um galês que foi às compras vestindo apenas cueca e máscara foram veiculados nas redes sociais como um protesto porque "a roupa não é um produto essencial".

O debate chegou até as abóboras, usadas como jogo e decoração pelas crianças no Halloween, embora seja um produto comestível.

A medida "vai fazer mais mal do que bem", denuncia a petição, que pede a anulação imediata.

"Não concordamos, por exemplo, com a proibição dos pais de comprarem roupas para seus filhos durante o confinamento quando vão ao supermercado. É desproporcional e cruel", afirmam os peticionários.

Uma cliente de um supermercado queixou-se no Twitter de não poder comprar absorventes, e a loja respondeu que o governo galês havia "pedido a ela que não vendesse esses produtos".

"É uma interpretação incorreta do regulamento", negou o ministro da Saúde galês Vaughan Gething em uma entrevista coletiva na segunda-feira, lamentando "muito que essa mulher tenha recebido essa informação".

"Os supermercados podem continuar vendendo itens que podem ser vendidos nas farmácias", disse o executivo regional.

A rede de supermercados admitiu seu erro e pediu desculpas.

Gething defendeu a medida por uma questão de justiça com as empresas que foram obrigadas a baixar as cortinas devido ao confinamento.

"Alguns produtos não estarão à venda nas próximas duas semanas, são produtos que outras lojas, que estão fechadas, não podem vender neste momento", explicou.

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