INTERNACIONAL

Indígenas venezuelanos deslocados estão 'expostos perigosamente' à COVID-19

As comunidades indígenas deslocadas da Venezuela estão "perigosamente expostas" à pandemia de COVID-19, alertou a ONU nesta terça-feira

AFP
19/05/2020 às 14:26.
Atualizado em 29/03/2022 às 23:16

As comunidades indígenas deslocadas da Venezuela estão "perigosamente expostas" à pandemia de COVID-19, alertou a ONU nesta terça-feira.

Os indígenas venezuelanos que cruzaram as fronteiras com o Brasil e a Colômbia estão "em risco", à medida que o coronavírus se espalha pela América do Sul, disse a agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

O ACNUR informou que o número de casos suspeitos e confirmados de COVID-19 aumentou, enquanto as primeiras mortes registradas entre comunidades indígenas também foram relatadas.

A agência afirmou que quase 5.000 indígenas venezuelanos estão deslocados no Brasil, principalmente da etnia warao, mas também das comunidades eñepá, kari"ña, pemón e ye"kwana.

"Com a COVID-19 atingindo fortemente a região amazônica e o Brasil se tornando um dos principais focos da pandemia, o ACNUR está preocupado com o fato de muitos (indígenas) não conseguirem lidar (com a crise) em condições sanitárias adequadas", disse a porta-voz da agência, Shabia Mantoo.

Além disso, vários grupos indígenas venezuelanos vivem perto ou cruzaram a fronteira com a Colômbia.

"Apesar de seus lares ancestrais se estenderem pelos dois países, muitos deles não foram capazes de regularizar sua situação na Colômbia e não estão documentados. Atualmente, alguns também enfrentam a ameaça de grupos armados irregulares, que controlam as áreas onde vivem", acrescentou Mantoo.

Ela também observou que muitos vivem em regiões isoladas, sem acesso a saneamento mínimo ou água potável, enquanto geralmente vivem em casas muito precárias.

rjm/nl/spm/age/mb/mr

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