INTERNACIONAL

Índia supera Brasil e vira segundo país com maior número de casos de covid-19

A Índia se tornou nesta segunda-feira o segundo país do mundo com mais casos de coronavírus, atrás dos Estados Unidos e à frente do Brasil, no momento em que a pandemia volta a ganhar intensidade no Reino Unido e na França e o número de mortes aumenta na América Latina

AFP
07/09/2020 às 09:04.
Atualizado em 25/03/2022 às 08:38

A Índia se tornou nesta segunda-feira o segundo país do mundo com mais casos de coronavírus, atrás dos Estados Unidos e à frente do Brasil, no momento em que a pandemia volta a ganhar intensidade no Reino Unido e na França e o número de mortes aumenta na América Latina.

A Índia, segunda nação mais populosa do planeta, com 1,3 bilhão de habitantes, registrou 4,2 milhões de infecções de covid-19 desde o início da pandemia, segundo o ministério da Saúde, enquanto o Brasil registra 4,12 milhões de casos e os Estados Unidos, 6,25 milhões de contágios, de acordo com os números compilados pela AFP a partir de dados oficiais.

O país também contabiliza mais de 71.000 mortes, contra 188.540 dos Estados Unidos e mais de 126.000 do Brasil.

A taxa de crescimento de novos casos progride a um ritmo "bastante alarmante", afirmou o virologista Shahid Jameel, da Wellcome Trust/DBT India Alliance.

"Nas últimas duas semanas, a média passou de quase 65.000 para 83.000 casos por dia, o que representa um aumento de 27% em duas semanas e de 2% por dia", afirmou Jameel à AFP.

Apesar do aumento dos números, o metrô das grandes cidades indianas, incluindo Mumbai e capital Nova Délhi, uma megalópole de 21 milhões de habitantes, retomou o serviço nesta segunda-feira após quase seis meses de interrupção.

Em todo o planeta, a pandemia matou mais de 889.000 pessoas desde o fim de dezembro e infectou mais de 27 milhões, de acordo com um balanço da AFP com base em dados oficiais dos países.

América Latina e Caribe permanecem como a região mais afetada, com quase 290.000 vítimas fatais e mais de 7,7 milhões de contágios.

No domingo, o Equador anunciou o balanço de 10.524 mortes desde o início da epidemia ao modificar a metodologia oficial de compilação dos dados. A Bolívia, por problemas de comunicação entre regiões, também informou um aumento no balanço global de óbitos provocados pela covid-19, que supera 7.000.

O Peru registra a maior taxa de mortalidade do mundo, com 90 falecimentos para cada 100.000 habitantes. O país registra 683.702 casos confirmados de coronavírus e 29.687 mortes.

No Brasil, milhares de pessoas, muitas sem máscaras, se reuniram em diversas praias do Rio de Janeiro durante o fim de semana - a prefeitura permite apenas o banho de mar, não a permanência na areia.

"Temos medo, mas a felicidade de estar na praia é mais forte", disse à AFP Mateus da Silva, de 24 anos, que estava sem máscara.

Depois de vários meses com média diária de mais de mil mortes, o Brasil registra desde o fim de agosto uma leve redução e contabilizou na última semana a média de 869 óbitos e quase 40.000 contágios a cada dia.

O ministério da Saúde afirma que os números mostram uma "queda" na curva, mas especialistas independentes afirmam que a melhora ainda é "muito tímida e muito recente".

Países onde a pandemia parecia ter perdido força voltaram a registrar uma aceleração dos casos, especialmente na Europa, onde os cidadãos retornam às escolas, universidades e ao trabalho.

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