INTERNACIONAL

Índia inicia grande campanha de vacinação e Pfizer planeja reduzir atraso na entrega das doses

A Índia iniciou neste sábado (16) sua grande campanha de vacinação contra o coronavírus, com o objetivo de inocular inicialmente 300 milhões de seus 1,3 bilhão de habitantes, enquanto a farmacêutica Pfizer anunciava que poderia reduzir o atraso na entrega das doses que havia indignado a Europa

AFP
16/01/2021 às 16:33.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:15

A Índia iniciou neste sábado (16) sua grande campanha de vacinação contra o coronavírus, com o objetivo de inocular inicialmente 300 milhões de seus 1,3 bilhão de habitantes, enquanto a farmacêutica Pfizer anunciava que poderia reduzir o atraso na entrega das doses que havia indignado a Europa.

"Já vi pessoas morrerem", disse Santa Roy, funcionário de um hospital da cidade de Calcutá, ao resumir a esperança depositada na campanha indiana, que começa com profissionais de saúde. "Agora temos um vislumbre de esperança", acrescentou.

O objetivo é gigantesco: injetar as duas doses o mais rápido possível em 30 milhões de cidadãos do setor de saúde e dos grupos mais vulneráveis, e depois alcançar um total de 300 milhões de vacinados em pouco mais de seis meses.

A covid-19 já matou mais de dois milhões de pessoas e os países estão simultaneamente enfrentando novas variantes do vírus e lançando campanhas de vacinação.

A Pfizer, associada ao laboratório alemão BioNTech, anunciou um "plano" que permitirá limitar a uma semana o atraso na entrega da vacina, enquanto a Europa temia um prazo mais longo, de "três a quatro semanas".

"A Pfizer e a BioNTech desenvolveram um plano que permitirá aumentar a capacidade de fabricação na Europa e entregar muito mais doses no segundo trimestre", anunciaram as duas empresas em um comunicado conjunto.

"Voltaremos ao cronograma inicial de entregas na União Europeia a partir da semana de 25 de janeiro, com um aumento nas entregas a partir da semana de 15 de fevereiro", afirmaram.

A Pfizer alertou na sexta-feira que devido às obras em uma unidade de produção em Puurs, na Bélgica, atrasaria as entregas, notícia que provocou uma reação fulminante de vários países europeus, em meio aos piores números de contágio desde o início da pandemia.

A covid-19 já causou pelo menos 2.009.991 mortes no mundo segundo dados atualizados neste sábado, com pouco mais de 15.000 registradas nas últimas 24 horas. Os países que mais registraram óbitos, de acordo com os últimos balanços oficiais, são os Estados Unidos com 3.465, Reino Unido (1.280) e Brasil (1.151).

Os Estados Unidos são o país com mais vítimas em números absolutos, mas a Bélgica é o que apresenta a maior taxa de mortalidade por 100.000 habitantes (176).

Na Amazônia brasileira, a situação é pior do que durante a primeira onda da pandemia e pode causar a implosão do sistema de saúde, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apareceu na região uma mutação do coronavírus, a terceira oficialmente detectada até agora no mundo, depois da britânica e da sul-africana, fenômeno que mantém as autoridades sanitárias do planeta em alerta.

Essas mutações não conhecem fronteiras e, assim, a Argentina anunciou no sábado que havia identificado o primeiro caso da cepa britânica. E a Itália interrompeu voos do Brasil.

Os contágios na América do Sul, porém, não podem ser explicados exclusivamente pelas novas variantes da covid-19. "Também foi tudo o que não fizemos que causou" essa nova onda, criticou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.

A Colômbia prolongou o fechamento de suas fronteiras terrestres e fluviais até 1º de março em uma tentativa de conter a pandemia.

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