A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou nesta terça-feira os rebeldes houthis do Iêmen de disparar "projéteis não identificados" em um centro para imigrantes em Sanaa, causando um incêndio que causou dezenas de mortes
A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou nesta terça-feira os rebeldes houthis do Iêmen de disparar "projéteis não identificados" em um centro para imigrantes em Sanaa, causando um incêndio que causou dezenas de mortes.
O incêndio começou em 7 de março em um centro de detenção na capital do Iêmen, que é controlada pelos rebeldes houthis como a maior parte do norte do Iêmen.
Segundo a ONG, os guardas do centro haviam reunido em um galpão os imigrantes, principalmente etíopes, que protestavam contra as condições de detenção. Eles então lançaram dois projéteis, um dos quais "explodiu com força e iniciou um incêndio".
Segundo a mesma fonte, centenas de sobreviventes foram tratados por queimaduras em hospitais da capital vigiados de perto pelos houthis, dificultando o acesso humanitário aos feridos.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu na semana passada "acesso humanitário urgente" aos imigrantes e reportou vários relatos de associações que estimam entre 40 e 60 mortes.
Há mais de seis anos, o Iêmen é devastado por uma guerra entre os houthis, apoiados pelo Irã, e forças governamentais apoiadas por uma coalizão liderada por Riade.
O conflito ceifou dezenas de milhares de vidas, segundo ONGs, e causou a pior crise humanitária do mundo, segundo as Nações Unidas.
Apesar da guerra, os migrantes do Chifre da África continuam a transitar pelo Iêmen na esperança de chegar aos países vizinhos ricos do Golfo.
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