Litotripsia intravascular

Hospital Unimed usa tecnologia ultramoderna

Unimed inova e figura entre as únicas no País a usar Shockwave para a litotripsia intravascular

Da Redação
24/12/2022 às 09:25.
Atualizado em 24/12/2022 às 09:25
Unimed Piracicaba aposta em tecnologia para desobstruir artérias coronárias (Juliano Fantazia/Unimed Piracicaba)

Unimed Piracicaba aposta em tecnologia para desobstruir artérias coronárias (Juliano Fantazia/Unimed Piracicaba)

O Hospital Unimed Piracicaba realizou a primeira litotripsia intravascular com o uso de Shockwave— tecnologia ultramoderna — para desobstruir artérias do coração de um paciente de 62 anos que deveria receber stents nos vasos sanguíneos por conta de fortes dores no peito (angina). O método, que chegou ao Brasil há seis meses, foi aplicado pelos cardiologistas cooperados Eduardo Nicolela Junior e Humberto Passos, que integram a equipe de Hemodinâmica da Unidade do Coração do complexo. No mundo, a inovação já auxiliou mais de 90 mil procedimentos.

“Primeiro, tratamos a redução do fluxo sanguíneo para o coração e, com o problema resolvido, realizamos a nova tecnologia num segundo procedimento estagiado para desobstruir os vasos. A angioplastia por balão emissor de ondas de choque é a técnica mais indicada nesses casos em que é preciso romper o acúmulo de cálcio no sistema vascular”, revelou Nicolela. 

O especialista explica que a desobstrução de artérias coronárias é um procedimento simples e seguro, usado no tratamento de condições como angina estável, angina instável e infarto do miocárdio. A ferramenta se soma ao arsenal da cardiologia intervencionista do Hospital Unimed Piracicaba na abordagem das lesões calcificadas. “Assim como o Ultrassom Intracoronário (USIC), a análise de reserva de fluxo fracionada (FFR) e a Tomografia de Coerência Ótica (OCT), a novidade nos posiciona, mais uma vez, como referência na cidade e região”, pontuou.

No caso da litotripsia intravascular, o procedimento consiste em introduzir, na artéria coronária, um cateter balão, chamado Shockwave, ligado a um gerador, o mesmo usado no tratamento para dissolver cálculo renal. Esse gerador dispara ondas de pressão sonora, capazes de fraturar o cálcio que provoca a obstrução. 

Segundo Passos, que também liderou o procedimento, é justamente a calcificação a maior inimiga de intervenções cardíacas não cirúrgicas. Com o cálcio quebrado, a passagem do sangue pelos vasos sanguíneos do coração volta a ocorrer normalmente. “Essas ondas são muito eficazes para fraturar e amolecer esse cálcio. O que era extremamente duro, amolece e, de forma tranquila, a artéria se abre e colocamos o stent”, detalhou. 

Outra intervenção não cirúrgica que costuma ser aplicada para tratar obstruções coronárias é a aterectomia, mas que, por utilizar oliva cravejada de diamantes a altas rotações, traz alguns riscos, como perfuração da artéria e liberação de detritos do cálcio na corrente sanguínea. De acordo com os cardiologistas, ainda é a única alternativa para alguns casos, mas a litotripsia intravascular se monstra mais segura. “Estudos mostram que a taxa de complicações e óbitos decorrentes da litotripsia é inferior a 1%. É um método extremamente seguro”, finalizou Passos.

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