Zilda Arns

Hospital Regional de Piracicaba será referência para varíola dos macacos

Encaminhamento do paciente, se necessário, será por decisão médica, a partir de atendimento na Atenção Básica ou UPAs

Romualdo Cruz Filho
05/08/2022 às 09:28.
Atualizado em 05/08/2022 às 09:31
‘Estamos fazendo uma atitude muito mais antecipada em ciência para que todos tenhamos protocolos assitenciais’ (Gov. SP)

‘Estamos fazendo uma atitude muito mais antecipada em ciência para que todos tenhamos protocolos assitenciais’ (Gov. SP)

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) anunciou na quinta-feira (4) uma rede com 93 hospitais e maternidades para combater a varíola dos macacos (Monkeypox), denominada Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox (varíola símia), na região de Piracicaba. O HRP (Hospital Regional de Piracicaba Zilda Arns) vai integrar a rede e servirá de referência para episódios mais graves, com necessidade de internação de pacientes e leitos de isolamento ou Unidades de Terapia Intensiva.

O encaminhamento do paciente, se necessário, será por decisão médica, a partir de atendimento na Atenção Básica ou UPAs. A função do HR será também realizar exames diagnósticos e fazer a vigilância genômica, para monitorar eventuais mutações do vírus causador da doença.

"O objetivo central é ampliar esforços e integrar as instituições e centros de excelência para promover ações estratégicas de prevenção e cuidado, levando em consideração o aprendizado diante dos últimos acontecimentos de endemias e pandemias", afirmou David Uip, Secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo.

O acompanhamento da circulação da doença será feito pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado (CVE). O Instituto Adolfo Lutz vai acompanhar a vigilância laboratorial e genômica e foi criada também uma sala de situação denominada Centro de Controle e Integração (CCI), "com a missão de assessorar as ações do governo de São Paulo no enfrentamento do surto do Monkeypox, estudar e projetar os cenários epidemiológicos, propor medidas e identificar oportunidades para o desenvolvimento de vacinas e prospecção de tratamentos eficazes para combater a doença", informou nota da SES.

“Estamos fazendo uma atitude muito mais antecipada em ciência para que todos tenhamos protocolos assitenciais. Para ajudar as unidades de saúde a identificar a doença e definir quem são aqueles que têm risco potencial para desenvolver a forma grave da doença, que são exatamente pessoas que têm algum problema de imunidade", disse Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde.

O Estado de São Paulo conta com 1.298 infectados. Destes, 98% são casos leves. Somente 2% precisaram de internação e que tiveram mais de 100 lesões no corpo. São casos concentrados na região metropolitana, mas que avançam gradativamente para o interior, principalmente aquelas que estão no eixo das rodovias Bandeirantes e Anhanguera.

4 1.Paciente com sintoma chega na UBS, consultório ou hospital;
42. Caso é definido como suspeito, provável ou confirmado;
43.Suspeito faz o exame PCR;
44.Tanto suspeitos como contactantes são monitorados e orientados para que se isolem;
45.Confirmado, o caso deve ser notificado compulsoriamente ao Estado em 24 horas;
46.Casos leves ficam em casa;
47.Casos graves vão aos hospitais de referência;
48.Monitoramento telefônio de suspeitos e contactantes deve ser mantido por 21 dias.

No caso das grávidas e lactente com a doença a situação é um pouco mais delicada. A futura mãe deve ser acompanhada e parto é indicado que seja feito em uma unidade de saúde de alto risco. As mães que amamentam são orientadas para que fiquem 14 dias sem amamentar.

Este protocolo, segundo Gorinchteyn, foi definido para este momento de surto, podendo ser ajustado por necessidade do cenário epidemiológico e de novos estudos, uma vez que não se sabe ainda se a doença pode ser transmitida pelo leite materno.

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