INTERNACIONAL

Grande peregrinação a Meca tem início com restrições sanitárias

Os fiéis muçulmanos selecionados para o hajj iniciaram nesta quarta-feira (29) a grande peregrinação a Meca, que, este ano, tem um formato restrito devido à pandemia do novo coronavírus, que obriga os participantes a respeitarem uma quarentena antes e depois do ato religioso

AFP
29/07/2020 às 18:36.
Atualizado em 25/03/2022 às 17:48

Os fiéis muçulmanos selecionados para o hajj iniciaram nesta quarta-feira (29) a grande peregrinação a Meca, que, este ano, tem um formato restrito devido à pandemia do novo coronavírus, que obriga os participantes a respeitarem uma quarentena antes e depois do ato religioso.

Em pequenos grupos, cada um com um guia, os fiéis começaram o ritual e deram sete voltas na Kabaa, a construção cúbica que fica no centro da Grande Mesquita de Meca, de acordo com imagens exibidas ao vivo por canais de televisão sauditas.

De máscara e respeitando o distanciamento, os peregrinos caminharam em fila ao redor da Kabaa, observados por policiais e por outros agentes oficiais.

Depois percorreram sete vezes o trajeto entre Safa e Marwa, duas rochas perto da Kaaba, seguindo os passos de Hajar, a esposa do profeta Abraão.

O comandante da força especial da Grande Mesquita, Yahia Al Akil, declarou que os rituais aconteceram "em tempo recorde e com total fluidez".

Os peregrinos dirigiram-se posteriormente a Mina, cinco quilômetros ao leste da Grande Mesquita, para passar a noite e celebrar uma jornada de orações e invocações no Monte Arafat.

"É um sentimento indescritível", declarou um peregrino egípcio, Mohammed Ibrahim, de 43 anos. "É como um sonho".

Entre 1.000 e 10.000 peregrinos residentes no reino participam do hajj este ano, de acordo com as autoridades locais e a imprensa saudita, um número ínfimo em comparação com as 2,5 milhões de pessoas que compareceram ao ritual em 2019.

A peregrinação é um dos cinco pilares do islã, que todos os fiéis devem cumprir pelo menos uma vez na vida desde que tenham os recursos.

"Não temos preocupações relacionadas com a segurança este ano e devemos proteger os peregrinos dos perigos da pandemia", declarou o diretor de Segurança Pública, Khaled bin Qarar al-Harbi.

Os peregrinos foram submetidos a controles de saúde e colocados em quarentena quando chegaram a Meca no fim de semana.

Devido à pandemia de COVID-19, este ano os peregrinos não poderão tocar na Kaaba, advertiram as autoridades, que instalaram clínicas móveis e posicionaram ambulâncias nas imediações.

Quase 70% dos peregrinos são residentes estrangeiros no reino, que registra 270.000 casos de infecção do novo coronavírus, uma das taxas mais elevadas do Oriente Médio.

Este ano, a imprensa estrangeira não foi autorizada a cobrir o evento, que tem alcance mundial.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por