Os fiéis muçulmanos selecionados para o hajj iniciaram nesta quarta-feira (29) a grande peregrinação a Meca, que, este ano, tem um formato restrito devido à pandemia do novo coronavírus, que obriga os participantes a respeitarem uma quarentena antes e depois do ato religioso
Os fiéis muçulmanos selecionados para o hajj iniciaram nesta quarta-feira (29) a grande peregrinação a Meca, que, este ano, tem um formato restrito devido à pandemia do novo coronavírus, que obriga os participantes a respeitarem uma quarentena antes e depois do ato religioso.
Em pequenos grupos, cada um com um guia, os fiéis começaram o ritual e deram sete voltas na Kabaa, a construção cúbica que fica no centro da Grande Mesquita de Meca, de acordo com imagens exibidas ao vivo por canais de televisão sauditas.
De máscara e respeitando o distanciamento, os peregrinos caminharam em fila ao redor da Kabaa, observados por policiais e por outros agentes oficiais.
Depois percorreram sete vezes o trajeto entre Safa e Marwa, duas rochas perto da Kaaba, seguindo os passos de Hajar, a esposa do profeta Abraão.
O comandante da força especial da Grande Mesquita, Yahia Al Akil, declarou que os rituais aconteceram "em tempo recorde e com total fluidez".
Os peregrinos dirigiram-se posteriormente a Mina, cinco quilômetros ao leste da Grande Mesquita, para passar a noite e celebrar uma jornada de orações e invocações no Monte Arafat.
"É um sentimento indescritível", declarou um peregrino egípcio, Mohammed Ibrahim, de 43 anos. "É como um sonho".
Entre 1.000 e 10.000 peregrinos residentes no reino participam do hajj este ano, de acordo com as autoridades locais e a imprensa saudita, um número ínfimo em comparação com as 2,5 milhões de pessoas que compareceram ao ritual em 2019.
A peregrinação é um dos cinco pilares do islã, que todos os fiéis devem cumprir pelo menos uma vez na vida desde que tenham os recursos.
"Não temos preocupações relacionadas com a segurança este ano e devemos proteger os peregrinos dos perigos da pandemia", declarou o diretor de Segurança Pública, Khaled bin Qarar al-Harbi.
Os peregrinos foram submetidos a controles de saúde e colocados em quarentena quando chegaram a Meca no fim de semana.
Devido à pandemia de COVID-19, este ano os peregrinos não poderão tocar na Kaaba, advertiram as autoridades, que instalaram clínicas móveis e posicionaram ambulâncias nas imediações.
Quase 70% dos peregrinos são residentes estrangeiros no reino, que registra 270.000 casos de infecção do novo coronavírus, uma das taxas mais elevadas do Oriente Médio.
Este ano, a imprensa estrangeira não foi autorizada a cobrir o evento, que tem alcance mundial.