O governo americano postou recomendações controversas sobre os testes de detecção do coronavírus no site da agência de saúde dos Estados Unidos - relatou o jornal "The New York Times" na quinta-feira (17)
O governo americano postou recomendações controversas sobre os testes de detecção do coronavírus no site da agência de saúde dos Estados Unidos - relatou o jornal "The New York Times" na quinta-feira (17).
As diretrizes, que garantiam que não era necessário testar pessoas assintomáticas que haviam sido expostas à covid-19, foram criticadas ao serem publicadas no mês passado.
À época, especialistas em saúde pressionavam pela realização de mais testes para ajudar a rastrear e a controlar a disseminação do coronavírus. Nos EUA, chega a quase 200.000 o número de mortos por covid-19.
O jornal disse que a recomendação foi postada no site dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs), "apesar de suas sérias objeções". Nesse sentido, o NYT cita documentos internos desses centros e declarações de funcionários anônimos familiarizados com o assunto.
"O Departamento de Saúde e Serviços Humanos reescreveu (a norma) e então "postou" no site público do CDC, contornando o processo de revisão científica estrito da agência", noticiou o jornal.
Uma autoridade federal disse ao "New York Times" que o documento saiu do Departamento de Saúde e Serviços Humanos e da Força-Tarefa da Casa Branca para o Coronavírus.
"Essa política não reflete o que muitas pessoas no CDC acham que a política deveria ser", frisou o funcionário.
O "New York Times" relatou que especialistas em saúde do CDC levantaram "sérias objeções" ao documento, observando que ele continha "erros elementares", bem como recomendações "inconsistentes" com o conselho do órgão, contou um cientista dessa instituição, sob a condição de anonimato.
O jornal garante que, no momento da publicação das diretrizes, funcionários do governo disseram que "o documento era produto do CDC e foi revisado com informações do diretor da agência, Robert Redfield".
jh/bfm/kaf/dga/es/tt