O Governo de União Nacional da Líbia (GNA), com sede em Trípoli, denunciou nesta terça-feira (28) um novo "golpe de Estado" por parte de seu rival, o chefe militar da Líbia, marechal Khalifa Haftar, que disse ontem ter obtido o "mandato do povo "para governar o país
O Governo de União Nacional da Líbia (GNA), com sede em Trípoli, denunciou nesta terça-feira (28) um novo "golpe de Estado" por parte de seu rival, o chefe militar da Líbia, marechal Khalifa Haftar, que disse ontem ter obtido o "mandato do povo "para governar o país.
Em um breve discurso na noite de segunda-feira, o poderoso marechal Haftar anunciou que o comando geral de seu "autoproclamado" Exército "aceitou a vontade do povo e seu mandato", sem especificar das mãos de qual instituição havia recebido esse mandato.
Também não indicou quais implicações políticas esse mandato representa, especialmente o papel do Parlamento no leste do país e o governo paralelo designado por esta assembleia eleita em 2014.
Haftar se apega à legitimidade deste Parlamento, que teve de ser transferido para o leste do país, devido ao aumento da violência na capital.
O GNA, que é reconhecido pela ONU, denunciou uma "farsa e um novo golpe de Estado, que se junta a uma série de outros que começaram anos atrás". Segundo ele, Haftar "até se voltou contra as instâncias políticas paralelas que o apoiavam e que o nomeavam" chefe do Exército.
O GNA afirma que o marechal Haftar, que tenta controlar a capital Trípoli desde abril de 2019, queria "disfarçar o fracasso de suas milícias e mercenários" e "o fracasso de seu projeto ditatorial".
Os Estados Unidos lamentaram que o anúncio de Haftar fosse uma "sugestão (...), segundo a qual mudanças podem ser impostas à estrutura política da Líbia por meio de uma declaração unilateral", disse a embaixada dos EUA no Twitter.
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