INTERNACIONAL

Golpe em Mianmar: três semanas de protestos que se tornaram mortais

Os militares de Mianmar tomaram o poder em 1º de fevereiro, prendendo a líder civil democraticamente eleita no país, Aung San Suu Kyi

AFP
22/02/2021 às 19:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 18:40

Os militares de Mianmar tomaram o poder em 1º de fevereiro, prendendo a líder civil democraticamente eleita no país, Aung San Suu Kyi.

Enquanto os protestos continuam em todo o país, apesar da ameaça dos militares em relação ao uso de força mortal contra os manifestantes, aqui está uma cronologia dos eventos:

Os generais dão um golpe em 1º de fevereiro, prendendo a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Suu Kyi, e seus principais aliados políticos por meio de ações que ocorrem antes do amanhecer.

Termina ali a experiência de democracia de uma década em Mianmar, após quase meio século sob poder militar.

Os generais alegam fraude nas eleições de novembro, nas quais o partido Liga Nacional para a Democracia (NLD), de Suu Kyi, venceu de maneira esmagadora.

O golpe causa condenação global, desde o Papa Francisco ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Dois dias depois do golpe, as autoridades apresentam uma obscura acusação contra Suu Kyi, de 75 anos - por meio de walkie-talkies não registrados em sua casa, um crime sob a lei de importação e exportação de Mianmar.

A resistência ao golpe tem ocorrido com as pessoas promovendo "panelaços" - uma prática tradicionalmente associada no país à expulsão de espíritos malignos.

A junta tenta bloquear plataformas de mídia social, incluindo o Facebook, que é extremamente popular em Mianmar. Mais tarde, blecautes noturnos no fornecimento da internet são impostos.

Suu Kyi, não vista em público desde o golpe, está em prisão domiciliar e "com boa saúde", afirma seu partido.

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