Três executivos da empresa de televisão por satélite DirecTV detida na Venezuela são acusados de "fraude", entre outros crimes, informou o tribunal nesta terça-feira, depois que as operações da empresa no país foram interrompidas
Três executivos da empresa de televisão por satélite DirecTV detida na Venezuela são acusados de "fraude", entre outros crimes, informou o tribunal nesta terça-feira, depois que as operações da empresa no país foram interrompidas.
Um tribunal emitiu "medida cautelar" contra os ex-gerentes por suposta "co-autoria" em "crimes de fraude agravada", "boicote", "desestabilização da economia" e "associação para cometer crimes", disse uma nota divulgada pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ).
Segundo a lei venezuelana, as multas por fraude variam de um a cinco anos de prisão.
Héctor Rivero, Carlos Villamizar e Rodolfo Carrano, que se entregaram à justiça na semana passada, estão detidos na sede do serviço de inteligência venezuelano (SEBIN) em Caracas, segundo a defesa.
A empresa americana AT&T, dona da DirecTV, considerou a prisão dos "ex-executivos" "surpreendente e inexplicável", afirmando que "eles não estavam envolvidos na decisão de fechar as operações da empresa".
"Essa decisão foi tomada pelos executivos da AT&T nos Estados Unidos, sem o conhecimento ou a participação dessas pessoas ou de qualquer outro ex-funcionário venezuelano", afirmou a empresa em comunicado.
Os mandados de prisão foram emitidos quase três semanas depois que a AT&T anunciou em 19 de maio sua retirada "imediata" do mercado de TV paga na Venezuela.
A empresa explicou que as sanções econômicas do governo Donald Trump contra a Venezuela, que buscam sufocar o presidente socialista Nicolás Maduro, proíbem transmitir os sinais da estação de televisão privada Globovisión e do canal da estatal Petróleos de Venezuela, PDVSA TV.
No entanto, acrescentou a AT&T, a transmissão de ambos os canais é exigida pela licença concedida pelo governo Maduro para fornecer serviço de TV paga.
Três dias após a decisão da AT&T, o TSJ pró-governo ordenou a aquisição "imediata" das instalações e equipamentos da empresa.
Com quase 2 milhões de assinaturas, segundo dados da Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel), o fim das operações afeta cerca de 6,5 milhões de venezuelanos.
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