ELEIÇÕES 2018

Geração de empregos passa pela inovação

Pré-candidata à Presidência, Marina Silva, esteve em Piracicaba

Adriana Ferezim
24/07/2018 às 09:54.
Atualizado em 28/04/2022 às 02:02
Marisa Silva recebe as boas-vindas do vereador Paulo Camolesi (Del Rodrigues)

Marisa Silva recebe as boas-vindas do vereador Paulo Camolesi (Del Rodrigues)

Terça-feira, 24 de julho de 2018 A pré-candidata à Presidência da República, Marina Silva (Rede) esteve em Piracicaba, nesta segunda-feira (23), para participar de encontros com membros e pré-candidatos do partido e outros políticos da cidade, no bairro Piracicamirim, e também com a população, no bairro Nova América. Ela falou sobre a necessidade, do País, de criar novos polos de desenvolvimento econômico para a geração de emprego e que a inovação, aliada à potencialidade de cada localidade, é fundamental para essa recuperação. No início da entrevista à imprensa, Marina lembrou do professor Paulo Kageyama, da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), falecido em 2016. "Ele, como geneticista, nos ajudou muito quando eu era ministra do Meio Ambiente e estávamos definindo sobre a biodiversidade", disse. Sobre o município, que está mudando a base industrial para a de serviços, ela afirmou que Piracicaba está no caminho certo, buscando alternativas. "As Economias podem crescer em três frentes: Indústria, Commodities Agrícolas e de Extração de Minério e Prestação de Serviços. Que bom que vocês têm o Setor Sucroalcooleiro e oportunidade de aumentar cada vez mais a oferta de serviços e na área de conhecimento. Piracicaba tem essa base diferente de outras regiões. É um Polo de Conhecimento, Tecnologia, Inovação, que busca uma Economia mais criativa. O governo federal tem um papel importante à medida que, em parceria com Estados e Prefeituras, consegue ativar novos polos para ter a geração de emprego para um novo ciclo de prosperidade, por mais que a gente tenha que recuperar a nossa produtividade, teremos de inovar para que tenhamos as novas bases produtivas em nosso país", afirmou. O Brasil precisa criar novas oportunidades. "Esse é o desafio, não só para os setores produtivos estabelecidos, mas pensando o empreendedorismo nas comunidades, dando força para pessoas que vivem em comunidades e possam ter suporte para desenvolver seus negócios. Não só tradicionais, como padarias, marcenarias, salões de beleza, mas há boas startups acontecendo". A pré-candidata ressaltou que a recuperação da crise não corre tão rápido como ela ocorreu. Mas depende do País ter um governo com credibilidade para a retomada dos investimentos internos e externos. Marina defende mais transparência nos números da dívida pública e da Previdência, para iniciar a discussão sobre essa reforma. Ela afirmou, ainda, que mantém diálogo com outros candidatos presidenciáveis, Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos), comentou sobre as alianças partidárias de Geraldo Alckmin (PSDB) e da intenção da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Não atrelamos o projeto de poder pelo poder, mas no plano nacional, nossa coerência leva a um caminho programático. Tenho abertura para diálogo e na coerência da trajetória de vida das pessoas. Não trocaremos coerência por tempo de TV ou estrutura. A transformação passa pela postura do cidadão. Teremos a aliança com 200 milhões de brasileiros, só eles podem fazer a mudança", disse. "Com o Ciro algo pode acontecer agora, como com o Álvaro. Não temos problemas em conversar. Não transformo as pessoas em inimigas porque estamos concorrendo", completou. Sobre Geraldo Alckmin (PSDB), Marina avaliou que a aliança do tucano com os partidos do chamado Centrão não traz a mudança que o país precisa. "Quero o Brasil tenha mudança de fato, não só de pessoas, mas de forma e conteúdo, projeto e visão. O condomínio do Alckmin é o que era da Dilma (Rousseff), em 2014. O Centrão, obviamente, é aquele que vai estar como um buraco negro em qualquer um que se dispõe a deixá-los sugar os sonhos e as esperanças do Brasil", disse. Sobre a intenção do PT em manter, por enquanto a pré-candidatura de Lula, Marina afirmou que isso vai contra a lei da ficha limpa. "Independente de ser popular, rico, poderoso, a lei diz que ninguém condenado em segunda instância pode concorrer. A lei não pode se adaptar em função das circunstâncias e das pessoas. Até agora a lei da ficha limpa está sendo cumprida".

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por