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General da reserva auditará segurança do Capitólio

A líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse nesta sexta-feira (15) que solicitou a um general da reserva auditar a segurança do Capitólio após a invasão ao edifício por apoiadores de Donald Trump

AFP
15/01/2021 às 17:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:19

A líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse nesta sexta-feira (15) que solicitou a um general da reserva auditar a segurança do Capitólio após a invasão ao edifício por apoiadores de Donald Trump.

"Para proteger nossa democracia agora devemos submeter a segurança do Capitólio a um escrupuloso exame", disse Pelosi a jornalistas.

O general da reserva Russel Honoré, responsável pelas operações militares durante o furacão Katrina em 2005, será o encarregado dessa "imediata auditoria".

A invasão do Capitólio logo depois de um discurso de Donald Trump e durante a certificação oficial da vitória do democrata Joe Biden resultou em cinco mortes.

Os congressistas tiveram que ser evacuados ou permanecer deitados no chão do plenário da Câmara, enquanto os simpatizantes do presidente invadiam o edifício do Capitólio de forma violenta.

"A semana passada sofremos um ataque em Capitol Hill, que pôs em perigo vidas e traumatizou membros do Congresso e empregados", disse Nancy Pelosi.

Os comitês legislativos e, provavelmente, um órgão independente levaram adiante uma investigação, "mas por enquanto, estou agradecida de que o general Honoré tenha aceitado abordar nossas preocupações urgentes com a segurança", afirmou.

A Câmara dos Representantes acusou na quarta-feira Trump de "incitar a insurgência" devido a esses acontecimentos.

Acusado em dezembro de 2019 no caso da Ucrânia, o magnata imobiliário se tornou o primeiro presidente norte-americano da História a ser alvo de dois julgamentos políticos.

O Senado será encarregado de decidir seu futuro.

Pelosi declinou de indicar na sexta-feira quando planejava encaminhar a acusação à Câmara, o próximo passo para iniciar o julgamento.

"Em uma semana, em 6 de janeiro, um ato de insurreição foi perpetrado contra o Capitólio, incentivado pelo presidente dos Estados Unidos. Uma semana depois, esse presidente foi acusado", um sinal da "urgência desta questão", limitou-se a declarar.

Os "promotores" da Câmara de Representantes "trabalham agora na preparação do processo e vocês serão os primeiro em saber quando anunciaremos que vamos (em frente)", disse aos jornalistas.

O julgamento não começará antes de 20 de janeiro, data da posse de Joe Biden.

Pouco depois, os democratas assumirão a maioria no Senado, graças a dois novos democratas que conseguiram seus assentos. Suas vitórias serão certificadas na Geórgia antes de 22 de janeiro.

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