Os líderes do G20 prometeram neste domingo (22) "não poupar esforços" para garantir um acesso igualitário às vacinas contra a covid-19, segundo um rascunho da declaração final da cúpula, em tom consensual mas com poucas medidas concretas
Os líderes do G20 prometeram neste domingo (22) "não poupar esforços" para garantir um acesso igualitário às vacinas contra a covid-19, segundo um rascunho da declaração final da cúpula, em tom consensual mas com poucas medidas concretas.
"Não pouparemos esforços para garantir seu fornecimento acessível e igualitário para todos", diz o texto consultado pela AFP.
A cúpula das 20 maiores economias do mundo é realizada neste ano por vídeoconferência sob a presidência da Arábia Saudita, país muito criticado pelas organizações de defesa dos direitos humanos.
A reunião de dois dias começou no sábado com vários encontros à distância, na presença do presidente dos Estados Unidos Donald Trump que, no entanto, foi embora pouco depois do início da reunião para jogar golfe.
A cúpula deve terminar neste domingo com a publicação da declaração final.
À medida em que a pandemia avança no planeta, com mais de 57 milhões de casos e 1,3 milhão de mortos, os presidentes e chefes de governo optaram pelo consenso no combate ao vírus.
"Apoiamos plenamente todos os esforços de colaboração", diz a declaração final, em referência aos dispositivos de combate ao vírus coordenados pela Organização Mundial da Saúde.
Também se comprometem a "abordar as necessidades financeiras globais restantes".
"Embora a competição seja inevitável , devemos nos guiar principalmente pelo aspecto humanitário", disse no sábado o presidente russo Vladimir Putin.
As grandes empresas farmacêuticas competem para que a vacina esteja disponível o quanto antes, como a aliança entre Pfizer (EUA) e BionTech (Alemanha) ou a empresa americana Moderna.
Também há ambiciosos projetos de vacina na China e Rússia.
No entanto, em sua declaração o G20 não menciona a quantidade de 28 bilhões de dólares, incluindo 4,2 bilhões de emergência, exigidos pelas organizações internacionais para combater a pandemia.
O G20 também irá tratar a dívida dos países pobres, que disparou como resultado da crise econômica provocada pela pandemia.
Os líderes do G20 dizem estar "comprometidos para implementar" a chamada Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), "incluindo sua prorrogação até junho de 2021", diz o texto.