Sem jogos há dois meses, o mundo do futebol viveu neste domingo (17) na Alemanha um clássico sem torcida por causa da pandemia do novo coronavírus, que parece dar uma alívio a Espanha, Reino Unido e Itália, enquanto avança sem trégua na América Latina
Sem jogos há dois meses, o mundo do futebol viveu neste domingo (17) na Alemanha um clássico sem torcida por causa da pandemia do novo coronavírus, que parece dar uma alívio a Espanha, Reino Unido e Itália, enquanto avança sem trégua na América Latina.
Depois de dois meses de confinamento, em muitos países - em particular na Europa -, as restrições foram aliviadas neste fim de semana. Com isso, torcedores de futebol puderam se sentar em frente à televisão para reviver velhas sensações, ou sair para tomar uma bebida e, para os mais privilegiados, até molhar os pés na água do mar.
A Bundesliga foi o primeiro grande campeonato a ser retomado. Depois dos jogos de ontem, o Bayern de Munique, líder da competição, voltou a campo neste domingo e venceu por 2 a 0 o Union Berlim em um jogo sem público, sem apertos de mão e sem crianças acompanhando os jogadores.
Mais de cinco meses após seu surgimento na China, a pandemia que colocou a economia mundial em xeque segue sua corrida mortal, embora em três dos países mais afetados neste fim de semana o número de mortos foi o mais baixo desde que foram impostas as medidas de confinamento.
Tanto Itália, quanto Espanha e Reino Unido, que registraram respectivamente 145, 87 e 170 óbitos nas últimas 24 horas, pareciam ver a luz no fim do túnel neste domingo.
É preciso, no entanto, levar em conta que estes números de fim de semana podem estar incompletos, como já aconteceu no passado.
A África do Sul, ao contrário, anunciou neste domingo 1.160 novos contágios, o balanço diário mais alto dede 1º de março, quando começaram os registros.
Enquanto isso, na América Latina, o Brasil superou a barreira das 16.000 mortes e os 240.000 casos neste domingo.
Os especialistas consideram que as estatísticas ocultam uma realidade muito mais trágica, enquanto o presidente Jair Bolsonaro continua a criticar o confinamento decretado por alguns governadores.
"Desemprego, fome e miséria serão o futuro daqueles que apoiam a tirania do isolamento total", tuitou o presidente.
Neste domingo, Bolsonaro voltou a participar de um ato em Brasília, acompanhado por vários de seus ministros. Usando máscara, cumprimentou centenas de seguidores que se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto para apoiá-lo.
A região da América Latina e Caribe superou os 508.000 casos de contágio e dos 28.700 mortos por COVID-19.
Nos Estados Unidos, o país mais afetado, com quase 90.000 óbitos, onde aumentam as críticas ao presidente Donald Trump por sua gestão da pandemia, a Casa Branca criticou duramente o trabalho dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), aos quais culpou por atrasos iniciais do país na detecção da COVID-19.
"No começo da crise, os CDC, que desfrutavam da maior reputação nesta área em nível mundial, realmente decepcionaram o país nas testagens", declarou o assessor econômico da Casa Branca, Peter Navarro, à emissora NBC.