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França tem piora na pandemia, mas descarta confinamento

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, alertou nesta sexta-feira (11) sobre uma "clara deterioração" da situação epidemiológica no país após um surto de infecções, mas descartou um novo confinamento geral da população

AFP
11/09/2020 às 14:35.
Atualizado em 25/03/2022 às 02:09

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, alertou nesta sexta-feira (11) sobre uma "clara deterioração" da situação epidemiológica no país após um surto de infecções, mas descartou um novo confinamento geral da população.

"O vírus ficará aqui por mais alguns meses e teremos que conviver com ele, sem voltar a uma lógica de confinamento generalizado", declarou Castex em um comunicado transmitido pela televisão.

"Nossa estratégia não vai mudar. Precisamos combater o vírus sem paralisar nossa vida social, cultural e econômica, a educação de nossos filhos e nossa capacidade de viver normalmente", acrescentou.

Em toda a França, o número de casos positivos e a taxa de positividade dos testes têm aumentado de forma constante nas últimas semanas, especialmente desde o retorno das férias de verão.

As autoridades contabilizaram 9.843 novos casos em 24 horas na quinta-feira, um recorde desde o que epidemia chegou ao país.

O número de pessoas em terapia intensiva ultrapassou 600 nesta quinta-feira, o pior número desde o final de junho.

Mas esse número ainda está longe dos 7.000 que foram registrados em abril, durante o pico da primeira onda epidêmica.

Diante desse agravamento da situação epidemiológica, Castex anunciou que 14 novos departamentos do país foram declarados "zona vermelha", elevando o total para 42 de 101.

A situação é particularmente preocupante na região da Provença-Alpes-Côte d"Azur, no extremo sudeste do país, mas também na região de Paris, onde o vírus circula ativamente.

Após a primeira onda da primavera (outono no Brasil), que deixou mais de 30.000 mortos, há temores de que uma segunda onda volte a sobrecarregar os hospitais e serviços de emergência neste outono.

Atualmente, o vírus circula principalmente entre os jovens, um grupo de menor risco, mas as autoridades de saúde alertam que ele atingirá inexoravelmente os idosos e os mais vulneráveis.

"Devemos respeitar escrupulosamente os gestos de barreira", pediu Castex de sua residência oficial, onde está isolado depois de ter estado em contato no sábado com o diretor do Tour de France, que testou positivo para a covid-19.

Para acelerar e expandir a realização de testes de coronavírus, o primeiro-ministro anunciou que "faixas de horário" serão reservados nos laboratórios para pessoas prioritárias, como pessoal de saúde e pessoas com sintomas.

Também indicou que o período de isolamento domiciliar para pessoas com a covid-19 vai passar de 14 para 7 dias, "ou seja, o período durante o qual há risco real de contágio" e alertou que haverá "controles".

meb/af/mr

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