A França decidiu nesta sexta-feira (24) exigir que turistas de 16 países nos quais o novo coronavírus circula ativamente façam testes para a COVID-19, e desaconselhou que seus cidadãos visitem a Catalunha, em um momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) se disse "preocupada" com o reaparecimento de casos de COVID-19 em vários países europeus
A França decidiu nesta sexta-feira (24) exigir que turistas de 16 países nos quais o novo coronavírus circula ativamente façam testes para a COVID-19, e desaconselhou que seus cidadãos visitem a Catalunha, em um momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) se disse "preocupada" com o reaparecimento de casos de COVID-19 em vários países europeus.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, informou que pessoas de uma lista de países - os quais alguns as fronteiras ainda estão fechadas - devem apresentar um "teste que comprove que não possuem o vírus para poder embarcar nos respectivos voos".
Entre os países com restrições estão os Estados Unidos e o Brasil, os dois mais afetados no mundo, e o Peru, o segundo com o maior número de casos na América Latina. A Índia, que registrou 740 novas mortes nesta sexta, aumentando o balanço oficial para 30.601, também foi incluída na lista.
Castex também recomendou que os franceses evitem viagens à região espanhola da Catalunha, onde novos surtos do vírus foram registrados há alguns dias, "enquanto a situação de saúde não melhore".
Os novos surtos na Europa, região que registra até o momento 207.000 mortes e mais de 3 milhões de casos, levantou novas preocupações da OMS, que pediu cautela ao elevar restrições.
"O ressurgimento recente de casos em alguns países que levantaram medidas de distância social é realmente uma preocupação (...) As restrições devem ser cuidadosamente removidas. Onde houver surtos, deve haver uma reação rápida e bem dirigida, isolamentos, rastreamento de casos e quarentenas", disse uma porta-voz da OMS-Europa à AFP.
A Noruega voltou a impor restrições, dessa vez relacionadas a viagens à Espanha, destino popular entre seus cidadãos. A partir das 22H00 GMT (19h de Brasília), uma quarentena de dez dias será imposta aos que entrarem no país vindos de território espanhol, onde a pandemia causou até o momento 28.426 mortes.
A Alemanha, por sua vez, decidiu nesta sexta começar a fazer testes gratuitos nos turistas que chegarem ao seu território.
Em termos proporcionais, a Bélgica, que registra 64.847 casos e mais de 9.800 mortes, é um dos países com o maior número de óbitos por COVID-19, com 85 vítimas fatais por 100.000 habitantes.
Os belgas ficaram abalados nesta sexta, com a morte de uma menina de três em decorrência da COVID-19. Foi a vítima mais jovem do país, que segundo autoridades sofria de patologias anteriores.
Com o aumento de infecções, a primeira-ministra Sophie Wilmès anunciou mais medidas de proteção e máscara obrigatória em "locais lotados" abertos e fechados.
Essa decisão começa a ser aplicada em outros países, como a Áustria, que anunciou que a máscara passa a ser obrigatória a partir desta sexta-feira em supermercados e em locais oficiais.
O mesmo foi imposto no Reino Unido para estabelecimentos comerciais, bancos, supermercados e outros espaços fechados.
Desde que surgiu no final do ano passado na China, o novo coronavírus infectou cerca de 15,5 milhões de pessoas e matou mais de 634.000 em todo mundo, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Na América Latina e no Caribe, a pandemia causou mais de 176.900 mortes e mais de 4,1 milhões de casos. Além disso, os empregos sofrerão um duro golpe, de acordo com o vice-presidente do Banco Mundial para a região, Carlos Felipe Jaramillo, em entrevista à AFP.