Milhões de pessoas na Espanha e na França recuperaram parcialmente a liberdade de circulação nesta segunda-feira (11) com o fim das restrições impostas contra a pandemia de coronavírus, mas temores de uma segunda onda prevalecem na Europa e nos Estados Unidos, onde o vírus afeta diretamente a Casa Branca
Milhões de pessoas na Espanha e na França recuperaram parcialmente a liberdade de circulação nesta segunda-feira (11) com o fim das restrições impostas contra a pandemia de coronavírus, mas temores de uma segunda onda prevalecem na Europa e nos Estados Unidos, onde o vírus afeta diretamente a Casa Branca.
Os governos tentam promover uma reativação das atividades após dois meses de um desemprego quase total, com pedidos para as pessoas continuarem a trabalhar de casa, para usar máscara obrigatória no transporte e manter distanciamento social.
No entanto, nos horários de pico desta segunda-feira, o metrô de Paris estava quase tão cheio quanto antes do confinamento.
O distanciamento "será impossível", disse Brigitte, usuária da linha dois que atravessa o centro da capital.
A alegria de retomar a vida social está muito presente nesses dois países, entre os mais afetados pela pandemia, que causou mais de 285.000 mortes no mundo desde que apareceu na China no final de 2019.
"Depois de tanto tempo trancado em casa, estamos desfrutando de uma reunião ao sol", diz Marcos Maimó, 29 anos, enquanto brindava com três amigos em Tarragona, ao sul de Barcelona.
Na noite desta segunda-feira em Paris, a polícia dispersou uma multidão comemorando, muitos com garrafas na mãos, o fim do confinamento nas margens de um canal.
Na França, onde mais de 26.600 pessoas morreram, as autoridades também alertaram que uma "reconfiguração de emergência" é possível, se necessário.
"Graças a você, o vírus regrediu. Mas ainda está lá. Salve vidas, tome cuidado", disse o presidente Emmanuel Macron.
No primeiro dia do desconfinamento na Espanha, um dos países mais afetados com 26.744 mortes, os riscos ainda persistem e algumas cidades, como Madri e Barcelona, permanecem sob restrições.
Esse desconfinamento é possível pelo fato de a pandemia ter diminuído um pouco, como na Itália, onde o número de pessoas em terapia intensiva caiu abaixo de 1.000 pela primeira vez desde 10 de março.
Apesar de tudo isso, a COVID-19 continua a causar mortes. Os Estados Unidos, o país mais afetado, ultrapassaram a barreira das 80.000 mortes e podem chegar a 100.000 no início de junho, de acordo com vários modelos epidemiológicos
Várias partes do estado de Nova York poderão retomar suas atividades econômicas em 15 de maio, mas não a cidade de mesmo nome, fortemente atingida e onde o confinamento será mantido até junho.
Em um sinal de que é uma epidemia muito difícil de controlar, o coronavírus entrou na Casa Branca, onde foi relatado no fim passado que a porta-voz do vice-presidente Mike Pence e um militar a serviço de Donald Trump foram testados positivos.