INTERNACIONAL

Filho de Bolsonaro cria nova polêmica sobre uso de máscara

A polêmica sobre as máscaras contra o coronavírus entrou em terreno minado com a transmissão, nesta quinta-feira, de um vídeo no qual o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, aconselha jornalistas a colocarem "no rabo"

AFP
11/03/2021 às 16:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:17

A polêmica sobre as máscaras contra o coronavírus entrou em terreno minado com a transmissão, nesta quinta-feira, de um vídeo no qual o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, aconselha jornalistas a colocarem "no rabo".

O legislador, de 36 anos, foi questionado sobre imagens dele usando a máscara abaixo do nariz, ao ser recebido recentemente pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

A imagem viralizou no Brasil, assim como outra em que um oficial israelense pediu ao chanceler, Ernesto Araújo, que colocasse uma máscara antes de cumprimentar, lado a lado, seu homólogo israelense, Gabi Ashkenazi.

"Eu acho uma pena que essa imprensa mequetrefe que a gente tem aqui no Brasil fique dando conta de cobrir apenas a máscara. "Ah, a máscara, está sem máscara, está com máscara". Enfia no rabo gente, porra!", exclamou ele em uma transmissão nas redes sociais.

"A gente está lá trabalhando, ralando. Sabe o que é pegar aqui... "Ai voou, foi pra Israel". Chegamos em Israel cinco horas a mais que no Brasil, voo de três escalas. Chega lá você nem toma banho, às vezes, vai direto para os compromissos", explicou.

O deputado federal e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT-SP), reagiu aos desabafos do colega na Câmara, lembrando que "não há transmissão anal da covid-19".

Parece absurdo ter que explicar, mas a família Bolsonaro nos obriga a isso", acrescentou Padilha, médico especialista em doenças infecciosas.

O Brasil, com mais de 270.000 mortes, é o segundo país com mais fatalidades por covid-19, superado apenas pelos Estados Unidos, e a pandemia está em fase ascendente.

Na quarta-feira, o balanço diário pela primeira vez ultrapassou 2.000 mortes em 24 horas.

O presidente Bolsonaro, que minimizou a gravidade da crise de saúde, promove constantemente aglomerações sem máscaras e se opõe às medidas de confinamento devido aos seus impactos econômicos.

jhb/js/val/dga/jc/mvv

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