Autor é levado para exame de corpo de delito. Ele alegou ter matado a vítima porque ela furtou seu relógio (Ana Cristina Andrade/Gazeta de Piracicaba)
A Polícia Civil de Piracicaba, por meio da Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais), prendeu ontem um homem de 61 anos, acusado de matar Beatriz Marques de Carvalho, 23, a golpes de faca. O corpo dela foi encontrado na tarde do último dia 30 de julho, numa área de canavial da Estrada Carlos Augusto da Silveira, no bairro rural Ibitiruna.
Embora um ticket de estabelecimento comercial, em nome de um familiar do autor que é menor de idade, tenha sido encontrado no local do crime um dia depois da localização, o que levou à identificação , segundo a delegada Juliana Ricci, foi uma denúncia anônima.
De acordo com a delegada, no dia da localização, a vítima estava sem nenhum documento. Por isso, de acordo com a autoridade policial, foi feita a identificação dela por meio de exame datiloscópico.
“As informações que tínhamos é que ela seria usuária de drogas e fazia programas sexuais. Após a denúncia anônima, que foi importantíssima para o esclarecimento deste caso, e que trazia características e detalhes do autor, e inclusive batiam com o ticket que a equipe havia achado, chegamos ao endereço dele”, disse Juliana. “Ele confessou a prática do crime, falou que havia tido contato com ela uma vez, mas não sabia seu nome, e que no sábado (30) ela havia pedido para ir ao banheiro na casa dele que mora sozinho”, acrescentou.
O homem falou para a delegada que, no banheiro, Beatriz teria subtraído um relógio, ele pediu que devolvesse e a agrediu com uma faca. Após isso, ele a colocou no carro dele - um Ônix prata - falando que a levaria ao Pronto Socorro.
Porém, o homem a levou para um local ermo na área rura, deu mais uma facada na região do pescoço e depois empurrou o corpo ribanceira abaixo. Segundo a delegada, ele mora no Jardim Esplanada e perto da comunidade onde a mulher estava residindo.
O autor, que tem uma passagem antiga por violência contra a mulher, vai ficar 30 dias preso até a conclusão do inquérito. Ao término, Juliana Ricci poderá representar pela preventiva. As denúncias para a Deic podem ser feitas pelos telefones 197 ou (19) 3421-6169.
“A identidade de quem denuncia é preservada”, completou a delegada.