Feira deve movimentar R$ 500 milhões em negócios

Diante de um cenário positivo para o agronegócio, com demanda de alimentos em alta e tecnologias customizadas para cada ambiente produtivo, a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) realiza, do dia 27 de janeiro a 2 de março, o Coplacampo 2023, um evento que agrega inovação, equipamentos e insumos em uma grande feira para atender toda a cadeia produtiva agrícola, seja ela cana-de-açúcar, soja, milho etc. O evento será na Rodovia do Açúcar, km 157, bairro Taquaral.

A expectativa dos organizadores do Coplacampo, em sua 9ª edição, é movimentar cerca de R$ 500 milhões em quatro dias, reunir mais de 100 expositores e atrair cerca de seis mil visitantes, entre pequenos, médios e grandes produtores. A linha tecnológica sensação do evento devem ser os drones, que permitem, por exemplo, aplicação de defensivos mesmo em período de chuva intensa, qaundo as máquinas não conseguem entrar no campo. Além de permitir o monitoramento da área plantada em tempo real com baixo custo. 

Arnaldo Bortoletto, presidente da Coplacana, disse que os produtores devem estar com muita expectativa em relação ao evento, uma vez que há uma tendência de crescimento da produção e de bons preços em um mercado global aquecido. "A guerra da Rússia contra a Ucrânia reduziu a oferta, especialmente de grão, no mercado Europeu, por exemplo, que beneficiou o produtor brasileiro. Capitalizados, esse produtores devem agora ampliar seus investimentos no campo para atender um mercado com preços convidativos".

No caso das novas tecnologias que serão apresentadas durante o Coplacampo, Bortoletto diz que elas sanam vários gargalos da produção pelo controle técnico do seu uso, uma vez que irrigações e aplicações de defensivos podem ser realizadas sem desperdício, em áreas previamente demarcadas, evitando perda do plantio. "Nesse sentido, eles contribuem inclusive na preservação ambiental".

Apesar de ser uma feira realizada em Piracicaba, a Coplacampo abrange produtores e expositores de toda a região Centro-Sul do país, de Goiás ao Paraná, estados onde a Coplacana exerce grande influência como cooperativa. "O Coplacampo é uma forma eficaz de agregar valor aos erviços que prestamos aos nossos cooperados", afirma Bortoletto.

Roberto Rossi, diretor de negócios da Coplacana, disse que em outubro deste ano a entidade estará completando 75 anos e deve atingir no período um faturamento total de R$ 5 bi. Está passando por ajustes internos no sentido de implantação de um sistema de gestão mais moderno e interativo, o que vai permitir um salto em termos de qualidade na relação com seus cooperados.

Marcos Farhat, diretor administrativo da entidade, vê o Coplacampo como "um evento de extrema importância para o setor, uma vez que ele agrega os valores institucionais, do cooperativismo, é uma vitrine tecnológica, onde entram as inovações, além de ser um grande balcão de negócios do agronegócio". Na feira haverá espaço também para os pequenos produtores, de queijo, mel, uvas e hortaliças, bem como para produtos relacionados ao mercado de pets.