A extração do combustível fundido na central nuclear japonesa de Fukushima, desativada desde 2011, será adiada por um ano porque a pandemia de coronavírus atrasou o desenvolvimento de equipamentos especializados para a tarefa, anunciou nesta quinta-feira (24) seu operador
A extração do combustível fundido na central nuclear japonesa de Fukushima, desativada desde 2011, será adiada por um ano porque a pandemia de coronavírus atrasou o desenvolvimento de equipamentos especializados para a tarefa, anunciou nesta quinta-feira (24) seu operador.
A empresa japonesa Tepco planejava começar a remover o combustível fundido de um dos reatores no próximo ano, uma década após a tripla catástrofe - terremoto, tsunami e acidente nuclear - que atingiu o Japão em 11 de março de 2011.
Essa operação é considerada a mais complexa do processo de desmontagem, que deve durar entre 30 e 40 anos. A Tepco planejava fabricar um braço robótico no Reino Unido e, em seguida, transferi-lo para o Japão no começo de 2021 para iniciar a extração.
"Devido ao aumento das infecções por coronavírus no Reino Unido, o desenvolvimento foi travado", explicou Akira Ono, diretor da filial da Tepco responsável pela desmontagem, em uma coletiva de imprensa. Além disso, a empresa agora quer fazer parte dos testes de robôs no Japão.
O processo levará vários anos no caso do reator 2, que contém 237 toneladas de combustível fundido e escombros, segundo a agência de notícias Kyodo. Os reatores 1, 2 e 3 da usina contêm um total de 880 toneladas dessa mistura.
A desastre de 11 de março de 2011 causou cerca de 18 mil mortes ou desaparecimentos no Japão. O acidente nuclear de Fukushima foi o mais grave desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
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