INTERNACIONAL

Ex-presidente do FC Barcelona é detido em operação policial

A seis dias da eleição de um novo presidente, a polícia fez buscas nesta segunda-feira (1) nos escritórios do FC Barcelona em uma operação por supostos crimes financeiros que, segundo a imprensa, levou à prisão do ex-presidente do clube, Josep Maria Bartomeu

AFP
01/03/2021 às 14:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 11:11

A seis dias da eleição de um novo presidente, a polícia fez buscas nesta segunda-feira (1) nos escritórios do FC Barcelona em uma operação por supostos crimes financeiros que, segundo a imprensa, levou à prisão do ex-presidente do clube, Josep Maria Bartomeu.

O presidente que se demitiu no final de outubro e outros três investigados, entre eles o atual conselheiro delegado do clube Oscar Grau, "estão detidos na delegacia à espera de prestar declarações", disse à AFP uma fonte próxima ao caso.

A operação está vinculada ao escândalo conhecido como "Barçagate", que surgiu há um ano quando foi revelado que uma empresa contratada pelo clube promovia campanhas de difamação nas redes sociais contra figuras do clube, como Lionel Messi e Gerard Piqué.

Devido a essas revelações, um grupo de torcedores denunciou a diretoria de Bartomeu por corrupção e gestão desleal, acusações que estão sendo investigadas por uma juíza de Barcelona, que ordenou a operação nesta segunda-feira.

Policiais do departamento de crimes financeiros dos "Mossos d"Esquadra", a polícia da região espanhola da Catalunha (nordeste), fizeram as buscas pela manhã nos escritórios do clube no estádio Camp Nou.

"Operação em andamento relacionada ao FC Barcelona. Várias buscas estão sendo realizadas", disse no Twitter o corpo policial. Um porta-voz afirmou que "houve prisões", sem identificar sua identidade.

Segundo a fonte próxima ao caso, além do ex-presidente e do conselheiro delegado Oscar Grau, os outros detidos são o atual responsável de serviços jurídicos Román Gomez e Jaume Masferrer, ex-braço direito de Bartomeu, que foi demitido pouco depois do Barçagate.

Em um comunicado desta manhã, o FC Barcelona "ofereceu sua colaboração plena à autoridade judicial e policial para esclarecer os fatos que são alvo de investigação".

O "Barçagate" foi revelado em fevereiro de 2020 pela rádio Cadena Ser, geralmente bem informada sobre os assuntos institucionais do clube espanhol.

De acordo com suas investigações, vários perfis nas redes sociais controlados pela empresa I3 Ventures mandavam mensagens para prejudicar a imagem de jogadores como Lionel Messi, Gerard Piqué, o ex-jogador Xavi Hernández ou o ex-técnico Pep Guardiola.

A imprensa afirmou na época que o objetivo desta campanha era melhorar a imagem de Bartomeu, já que as pessoas contra quem as mensagens se dirigiam eram críticas à gestão do presidente, demitido no final de outubro.

A rádio também revelou que o Barça pagou um milhão de euros (1,2 milhão de dólares) em várias faturas para a I3 Ventures, da qual se desvinculou após o escândalo.

A diretoria reconheceu ter contratado os serviços desta empresa, mas negou categoricamente ter pedido uma campanha de difamação.

"O Barça nunca contratou nenhum serviço para desprestigiar ninguém (...) É verdade que no final de 2017, o Barça contratou um serviço de monitorização para as diferentes áreas do clube nas redes sociais", defendeu-se Bartomeu.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por