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Evelyn faz 10 anos de idade e ganha festa

Menina com síndrome rara foi homenageada no bairro Alvorada

Marcelo Rocha
igpaulista@rac.com.br
01/08/2016 às 10:25.
Atualizado em 28/04/2022 às 04:57

Evelyn com os pais, Adriana de Sousa e Doriedes Oliveira: dedicação (Del Rodrigues)

Uma festa comunitária celebrou, na última sexta-feira, os 10 anos da garotinha Evelyn Pereira Nascimento, que é uma espécie de xodó do bairro Alvorada. O aniversário foi realizado no varejão daquele bairro, graças à mobilização de amigos, empresários e conhecidos que custearam e/ou doaram brinquedos, o bolo, salgados, bebidas, palhaços, DJs e outras atrações. Evelyn tem uma patologia rara e ainda desconhecida pela ciência, que impede seu crescimento. Apesar de seus 10 anos de idade - completados no dia 26 de julho - ela tem apenas 66 centímetros e pesa 5,5 quilos. E uma série de sequelas, por exemplo, hipoglicemia, problemas respiratórios e dificuldade para se equilibrar. Para ficar de pé, necessita se apoiar em algo. Na maioria do tempo ela engatinha ou anda de quatro, com o apoio das mãos. “Ela come 60 gramas por refeição, que tem que ser servida como papinha. O cuidado com ela é dobrado”, relata o pai Doriedes Oliveira, 45 anos de idade, que é supervisor de serviços gerais. A menina toma medicamentos controlados e faz tratamento médico na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Mas apesar da saúde frágil, Evelyn é uma menina sapeca, sorridente e espalhafatosa. Tem uma voz aguda e estridente, parece vinda de uma boneca de brinquedo, e dispara risadas escandalosas. É bastante conhecida e querida pela cidade e já foi alvo de reportagens no SBT, na Record e em jornais impressos. “Ela se tornou a musa de Piracicaba, por onde passa arrasta multidões”, diz Oliveira. Há cerca quatro meses, inclusive, uma equipe do Discovery Chanel veio de Londres para gravar uma reportagem com a menina. O material, produzido para o programa Meu Corpo, Meu Desafio, deve ir ao ar em outubro. Depois dessa exposição na mídia, diz o pai, Evelyn já conseguiu bolsa de estudo em escola particular (período integral) e consultas gratuitas com médicos - geneticista, endocrinologista, dentista e oftalmologista, entre outros especialistas. “Ela é uma menina especial, sim, mas é uma síndrome que a torna mais querida e mais especial. As pessoas querem chegar perto e carregá-la”, relata Oliveira. “Manda um beijo para o moço (repórter)”, pede a mãe Adriana de Sousa, 35 anos de idade, ao final da entrevista. Adriana esperava a presença de quase 100 pessoas na festa da filha. “A mobilização de todas essas pessoas é um sinal de que ela é bem amada”, acrescenta orgulhosa.

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