INTERNACIONAL

Europa tenta se proteger do avanço inexorável do coronavírus

A Europa tenta estabelecer medidas de proteção ante o avanço inexorável da pandemia de coronavírus, que superou 155

AFP
15/03/2020 às 09:50.
Atualizado em 05/04/2022 às 00:55

A Europa tenta estabelecer medidas de proteção ante o avanço inexorável da pandemia de coronavírus, que superou 155.000 infectados em todo o mundo, ao mesmo tempo que, apesar de todos os temores, a França organiza eleições municipais neste domingo.

Assim como na Espanha e na Itália, a vida na França - com exceção dos locais de votação - parecia interrompida neste domingo, após a ordem para o fechamento de locais públicos "não essenciais", como bares, restaurantes e cinemas.

Antes de entrar no local de votação, os eleitores devem higienizar as mãos e, para evitar a propagação do vírus, todos os cidadãos receberam a recomendação de levar a própria caneta até a cabine.

Os eleitores devem manter uma distância de segurança de um metro entre eles durante cada etapa do voto. Os mesários receberam álcool gel e luvas para sua proteção.

Ninguém parece a salvo da propagação da pandemia e até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aceitou fazer um exame após se encontrar com duas pessoas contaminadas: de acordo com a Casa Branca o resultado do teste foi negativo.

Diante do avanço da pandemia, vários países adotam medidas radicais. A Espanha anunciou uma quarentena quase total e decretou estado de alerta por 15 dias. Sevilha e outras cidades anunciaram a suspensão das famosas procissões da Semana Santa.

A Espanha é o segundo país mais afetado da Europa - atrás apenas a Itália -, com quase 6.000 infectados e mais de 180 mortes.

O primeiro-ministro Pedro Sánchez resumiu a situação: os espanhóis podem "trabalhar, comprar pão, ir à farmácia ou ao médico, mas não podem jantar na casa de um amigo".

Sánchez anunciou que sua esposa, Begoña Gómez, foi infectada pelo novo coronavírus.

A Europa é agora o "epicentro" da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A China, país de origem da pandemia, com quase 3.200 mortos - das quase 5.800 vítimas fatais em 139 países - registra uma queda diária do número de contágios e falecimentos. Neste domingo o país anunciou apenas 20 novos infectados, sendo 16 casos de pessoas procedentes do exterior.

O governo chinês anunciou que as pessoas procedentes do exterior que desembarcam em Pequim serão colocadas em quarentena em centros especiais a partir de segunda-feira.

O Vaticano anunciou que todas as celebrações litúrgicas da Semana Santa acontecerão sem a presença de fiéis na praça de São Pedro.

"Comunicamos que até o domingo 12 de abril de 2020 as audiências gerais do Santo Padre e a recitação da Oração Mariana do "Angelus" dos dias domingo serão transmitidas apenas via "streaming"", afirma um comunicado oficial.

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