INTERNACIONAL

Europa tenta se proteger do avanço do coronavírus, que supera 6.000 mortes no mundo

A Europa tenta estabelecer medidas de proteção ante o avanço inexorável da pandemia de coronavírus, que neste domingo superou a barreira de 6

AFP
15/03/2020 às 14:06.
Atualizado em 05/04/2022 às 00:55

A Europa tenta estabelecer medidas de proteção ante o avanço inexorável da pandemia de coronavírus, que neste domingo superou a barreira de 6.000 mortes e 160.000 infectados em todo o mundo, com o fechamento parcial da fronteira na Alemanha e confinamentos na Itália e Espanha.

Apesar dos temores, os franceses comparecem neste domingo às urnas para eleições municipais, mas a participação era visivelmente reduzida, horas depois de uma ordem para o fechamento em todo o país de locais públicos "não essenciais", como bares, restaurantes e cinemas.

Antes de entrar no local de votação, os eleitores devem higienizar as mãos e, para evitar a propagação do vírus, todos os cidadãos receberam a recomendação de levar a própria caneta até a cabine.

O vírus começa a derrubar o princípio sacrossanto de uma Europa quase sem fronteiras: as autoridades da Alemanha decidiram fechar a partir de segunda-feira as fronteiras do país com França, Suíça e Áustria.

A França também anunciou um reforço nos controles da fronteira com a Alemanha, mas sem o fechamento parcial como decidiu o governo do país vizinho.

Isto acontece no momento em que a propagação da COVID-19 parece imparável. A Espanha - segundo país mais afetado da Europa, atrás da Itália - registra 288 mortes, 100 a mais que no sábado, e 7.753 infectados, 2.000 pessoas a mais que na véspera.

O primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, anunciou no sábado à noite sérias restrições aos 46 milhões de habitantes, que só poderão sair de suas casas para comprar alimentos ou remédios, comparecer a centros médicos, para seguir até o trabalho ou para cuidar de pessoas dependentes (crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais).

Em todo o planeta, a pandemia esvazia aos poucos as ruas, confina milhões de pessoas a suas casas e transforma as vidas cotidianas.

Na Itália, as autoridades da Lombardia (norte), a região mais afetada da Itália pela pandemia, expressaram de forma explícita preocupação com a capacidade de seu sistema de hospitais para enfrentar o fluxo de pacientes.

"Os números continuam aumentando. Em breve chegará o momento em que não teremos mais leitos para reanimação", advertiu Attilio Fontana, governador da Lombardia, em uma entrevista ao canal Sky TG24.

A Itália é o país mais afetado da Europa, com 1.441 mortos e 21.157 casos, de acordo com o balanço atualizado divulgado neste domingo. O governo do país impôs um confinamento drástico aos 60 milhões de habitantes.

A Europa é agora o "epicentro" da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A China, país de origem da pandemia, com quase 3.200 mortos - das 6.036 vítimas fatais em 139 países - registra uma queda diária do número de contágios e falecimentos. Neste domingo o país anunciou apenas 20 novos infectados, sendo 16 casos de pessoas procedentes do exterior.

O governo chinês anunciou que as pessoas procedentes do exterior que desembarcam em Pequim serão colocadas em quarentena em centros especiais a partir de segunda-feira.

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