INTERNACIONAL

Europa supera 400.000 mortes provocadas pelo coronavírus

A Europa, segunda região do mundo mais afetada pela pandemia, superou neste sábado a marca de 400.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, no momento em vários países flexibilizam as restrições, com o desejo de recuperar parte da normalidade até o Natal

AFP
28/11/2020 às 09:29.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:41

A Europa, segunda região do mundo mais afetada pela pandemia, superou neste sábado a marca de 400.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, no momento em vários países flexibilizam as restrições, com o desejo de recuperar parte da normalidade até o Natal.

Segundo um balanço atualizado pela AFP na manhã deste sábado, com base em dados oficiais dos países, a Europa registra desde o início da pandemia 400.649 vítimas fatais (e 17.606.370 contágios), atrás da América Latina e Caribe (444.026 mortes e 12.825.500 casos).

Nos últimos sete dias, o continente registrou mais de 36.000 mortes, o balanço mais grave em uma semana desde o início da pandemia.

Dois terços dos óbitos na região aconteceram no Reino Unido (57.551), Itália (53.677), França (51.914), Espanha (44.668) e Rússia (39.068).

Apesar dos números, preocupantes em seu conjunto, a situação melhorou na maioria dos países, que parecem ter superado o pico da segunda onda.

Neste sábado, os estabelecimentos comerciais reabriram as portas na França e Polônia, com protocolos rígidos de saúde, que incluem a limitação do número de clientes nas lojas, por exemplo.

Nas famosas Galeries Lafayette de Paris, um grande centro comercial da cidade, as portas abriram às 10H00 e os vendedores receberam os primeiros clientes com aplausos.

Irlandeses e belgas terão que esperar até terça-feira, 1 de dezembro, para retornar às lojas.

"Os esforços e os sacrifícios de todos funcionaram e salvamos vidas", afirmou o primeiro-ministro irlandês Micheal Martin.

A partir de domingo, o governo italiano flexibilizará as restrições em vigor em três regiões: Lombardia (norte), Piemonte (noroeste) e Calábria (sul), que passarão de "zonas vermelhas" (alto risco) para "zonas laranja" (risco médio).

Na Alemanha as restrições talvez prossigam até a primavera (hemisfério norte, outono no Brasil), advertiu neste sábado o ministro da Economia, Peter Altmaier.

"Temos três ou quatro longos meses de inverno pela frente. Tudo dependerá da chegada das vacinas, mas é possível que as restrições sejam prolongadas durante os primeiros meses de 2021", disse o ministro ao jornal Die Welt.

A Alemanha, considerada durante a primeira onda um exemplo de gestão, foi atingida com força pela segunda e registra mais de 15.500 mortes por covid-19.

No Reino Unido, Gales vai reforçar as restrições nos pubs e restaurantes antes do Natal. Na Inglaterra, incluindo Londres, os 56 milhões de habitantes continuarão vivendo sob importantes restrições quando o segundo confinamento terminar ao final da próxima semana.

Em uma tentativa de contornar as restrições impostas pelo governo, alguns comerciantes britânicos utilizam a Carta Magna, texto fundador da democracia moderna, como justificativa para permanecerem abertos, apesar da discordância da polícia.

Por exemplo, Sinead Quinn, cabeleireira de Bradford, norte do país, que invocou a Carta Magna para se opor ao fechamento de seu negócio durante o confinamento e já recebeu multas no valor de 17.000 libras (22.000 dólares).

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