A Europa superou, nesta sexta-feira (15), 30 milhões de casos de coronavírus, e países como a Alemanha vivem situações mais graves do que na primeira onda desta pandemia, que tem provocado recordes alarmantes de mortes e infecções no Brasil e no México
A Europa superou, nesta sexta-feira (15), 30 milhões de casos de coronavírus, e países como a Alemanha vivem situações mais graves do que na primeira onda desta pandemia, que tem provocado recordes alarmantes de mortes e infecções no Brasil e no México.
Em todo mundo, o coronavírus já matou quase dois milhões de pessoas e causou 92 milhões de infecções. Os 52 países que compõem a região da Europa, que inclui Rússia e Azerbaijão, por exemplo, são a zona mais afetada.
A região contabiliza 646.022 mortes por covid-19, à frente da América Latina e Caribe (542.243) e dos Estados Unidos e Canadá (406.049). Em número total de infecções, a Europa também supera Estados Unidos e Canadá (23.994.507), América Latina e Caribe (16.989.628) e Ásia (14.485.588).
Entre os países europeus que vivem aumentos preocupantes de casos nos últimos sete dias, destaca-se a Espanha, onde as infecções aumentaram 168%, seguida de Portugal e Bélgica.
A situação também é grave na Alemanha, onde os dois milhões de casos foram superados nesta sexta. O país, que se saiu relativamente bem durante a primeira onda, somou mais 22.368 casos e 1.113 mortes nas últimas 24 horas. O número total de óbitos de aproxima de 45.000.
Em uma reunião do governo, a chanceler Angela Merkel considerou que mais restrições são necessárias para mudar essa tendência terrível.
Na cidade alemã de Meissen, na Saxônia, uma das mais castigadas pela pandemia, Jörg Schaldach, diretor de um crematório, confessa seu estupor.
"As câmaras frias funerárias estão cheias. Estamos em estado de catástrofe", assegura, explicando que estão usando a sala de cerimônias e de recolhimento para guardar os caixões.
Na França, as autoridades vão adiantar o início do toque de recolher nacional, a partir de sábado, que passará a ser das 20h para as 18h.
No Reino Unido, o país mais atingido pela pandemia na Europa, com mais de 86.000 mortes confirmadas por covid-19, as infecções bateram recordes desde a descoberta, em dezembro passado, de uma nova cepa na Inglaterra. Aparentemente, esta é muito mais contagiosa.
Mas ela não é a única variante do vírus em circulação.
Outra mutação originada na Amazônia brasileira, e que já foi detectada no Japão, preocupa a comunidade internacional.
Na quinta-feira, o governo britânico proibiu chegadas de todos os países da América do Sul, além do Panamá e de Portugal, devido a esta nova cepa brasileira.
Felipe Naveca, que estuda as mutações do vírus no Amazonas, explicou em entrevista à AFP que a nova cepa, "mais contagiosa", seria responsável por grande parte dos casos registrados no estado, onde a situação sanitária é dramática.
Na quinta, as autoridades anunciaram um toque de recolher de dez dias na região em meio ao colapso de seu sistema de saúde.